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Ágora ganha mais confiança sobre Oi com aumento de escala das redes de fibra óptica

22 nov 2020, 12:55 - atualizado em 22 nov 2020, 14:15
Estande da Oi OIBR3 na GameXP 2018
Com a expansão das redes de fibra óptica, a corretora não descarta um aumento da receita média por usuário da companhia (Imagem: Divulgação/Oi)

A Ágora Investimentos destacou novamente sua preferência pela Oi (OIBR3) no setor de telecomunicações brasileiro. A equipe de analistas participou da teleconferência de resultados do terceiro trimestre do ano com a alta administração da companhia, que disse que a expansão do negócio de FTTH (fibra para o lar, traduzido em português) deve continuar e alcançar novas taxas de implantação.

“Com as adições líquidas médias atuais de aproximadamente 150 mil/mês e forte implantação de residências passadas, a Oi ressaltou que a hipótese inicial de uma taxa de ocupação de 25% pode de fato ter sido ultrapassada, uma vez que se baseou em sua estimativa de atingir 10 milhões de residências conectadas e 30 milhões de residências passadas no longo prazo”, afirmaram Fred Mendes e Flávia Meireles, autores do relatório divulgado pela Ágora na sexta-feira.

Com a expansão das redes de fibra óptica, a corretora não descarta um aumento da receita média por usuário da companhia.

“Com a possibilidade de oferecer velocidades mais altas (ou seja, 400 Mbps e 500 Mbps), os clientes devem aumentar seus planos, aumentando assim o ARPU (Average Revenue Per User, em inglês)”, explicaram Mendes e Meireles.

Para a Ágora, esse é o principal ponto positivo dos resultados trimestrais da Oi.

Difusão

A administração da Oi destacou que o crescimento do FTTH não se concentra em uma região específica. Ele é disseminado por todo o país, graças à estratégia de migração de clientes de tecnologia legada (cobre e cabo) e competição com pequenos provedores de internet.

A Ágora reforçou a recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 3,10 (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A Ágora mencionou que, com o aumento de escala, os investimentos da Oi no segmento se tornaram mais eficientes, mas também chamou atenção para a necessidade de voltar a injetar dinheiro nas operações móveis até a conclusão de venda (no terceiro ou quarto trimestre de 2021, pelas projeções da corretora).

A Ágora reforçou a recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 3,10.

“Vemos a empresa cada vez mais no caminho certo para a execução do seu plano, tanto na comercialização das UPIs (unidade produtiva isolada) como na implementação do plano FTTH, ao mesmo tempo em que consegue um forte controle de custos”, disseram Mendes e Meireles.

A Ágora está mais confiante com a tese de investimento da companhia, baseada na perspectiva de crescimento sustentável por meio das redes de fibra óptica e da expansão das margens nos próximos anos.