Ágora e XP divergem sobre acordo da Ecorodovias com Ministério Público
A Ágora e a XP Investimentos apresentaram interpretações distintas sobre o novo acordo da Ecorodovias (ECOR3) com o Ministério Público do Estado de São Paulo. Enquanto a primeira cortou o preço-alvo dos papéis, a segunda não viu nada de mais, e manteve suas projeções.
O argumento da Ágora para reduzir o preço-alvo, de R$ 15 para R$ 14, é seu impacto sobre o Valor Presente Líquido (VPL) da ação. Totalizando R$ 638 milhões, o acordo envolve descontos em pedágios, investimentos adicionais e desembolso de caixa.
A gestora considera que o fato reduz o VPL em R$ 0,50 por papel. A Ágora aproveitou o momento para incorporar, também, a queda do tráfegos em suas rodovias no primeiro trimestre do ano, que responde pelo restante do corte do preço-alvo.
Já a XP Investimentos manteve o preço-alvo de R$ 14,8 por ação, com recomendação de compra. A XP destaca o lado “positivo” do episódio: a eliminação de um “potencial peso das ações, relativo à incerteza dos procedimentos futuros”.
A gestora acrescenta que a maior parte do acordo envolve investimentos adicionais que podem ser realizados num prazo de cinco a oito anos. “Não esperamos impacto material para a alavancagem da companhia neste momento”, diz o relatório.