BusinessTimes

Ágora adota perspectiva mais cautelosa para o setor de papel e celulose

22 abr 2020, 11:01 - atualizado em 22 abr 2020, 11:01
Suzano
Os preços da celulose permaneceram pressionados no primeiro trimestre de 2020 e as vendas dos produtores foram negativamente impactadas pela sazonalidade mais fraca (Imagem: Divulgação/Suzano)

Levando em conta que os preços da celulose permaneceram pressionados no primeiro trimestre de 2020 e as vendas dos produtores foram negativamente impactadas pela sazonalidade mais fraca, A Ágora Investimentos tem uma visão mais cautelosa para o setor.

Mesmo assim, a corretora prevê um crescimento de 6% do Ebitda da Suzano (SUZB3) no período, com o valor atingindo R$ 2,6 bilhões.

“Estimamos que níveis de produção ainda baixos e volumes de vendas razoavelmente saudáveis devam suportar uma desestocagem de cerca de 270 mil toneladas”, afirmaram os analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi.

A expectativa é de que a Klabin (KLBN11) também apresente um trimestre mais saudável, suportado por vendas melhores de papel.

No setor de materiais, a Duratex (DTEX3) deve reportar resultados mais fracos em todas as divisões, com o Ebitda recuando 25% em relação ao trimestre anterior, mas aumentando 16% em comparação com o primeiro trimestre de 2019.

A Ágora tem recomendação de compra apenas para Klabin e Duratex.

Janela de oportunidade

O BTG Pactual (BPAC11) divulgou sua análise sobre as empresas de papel e celulose.

O banco vê uma “janela de oportunidade” para a Klabin e a Suzano no curto prazo, uma vez que a crise do coronavírus mudou os hábitos de higiene dos consumidores e gerou um aumento na demanda de papel higiênico e embalagens para supermercados.