Ágora adota perspectiva mais cautelosa para o setor de papel e celulose
Levando em conta que os preços da celulose permaneceram pressionados no primeiro trimestre de 2020 e as vendas dos produtores foram negativamente impactadas pela sazonalidade mais fraca, A Ágora Investimentos tem uma visão mais cautelosa para o setor.
Mesmo assim, a corretora prevê um crescimento de 6% do Ebitda da Suzano (SUZB3) no período, com o valor atingindo R$ 2,6 bilhões.
“Estimamos que níveis de produção ainda baixos e volumes de vendas razoavelmente saudáveis devam suportar uma desestocagem de cerca de 270 mil toneladas”, afirmaram os analistas Thiago Lofiego e Luiza Mussi.
A expectativa é de que a Klabin (KLBN11) também apresente um trimestre mais saudável, suportado por vendas melhores de papel.
No setor de materiais, a Duratex (DTEX3) deve reportar resultados mais fracos em todas as divisões, com o Ebitda recuando 25% em relação ao trimestre anterior, mas aumentando 16% em comparação com o primeiro trimestre de 2019.
A Ágora tem recomendação de compra apenas para Klabin e Duratex.
Janela de oportunidade
O BTG Pactual (BPAC11) divulgou sua análise sobre as empresas de papel e celulose.
O banco vê uma “janela de oportunidade” para a Klabin e a Suzano no curto prazo, uma vez que a crise do coronavírus mudou os hábitos de higiene dos consumidores e gerou um aumento na demanda de papel higiênico e embalagens para supermercados.