Eleições Americanas

‘Agenda Kamala’: Vice de Biden já propôs aumentar impostos sobre grandes fortunas; confira outras apostas para a economia

22 jul 2024, 11:13 - atualizado em 22 jul 2024, 11:13
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Kamala Harris adota postura já conhecida por nortes-americanos de fornecer apoio à classe média do país (Imagem: Reuters/Evelyn Hockstein)

Após a saída do atual presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, da corrida presidencial neste domingo (21), um nome já conhecido pelos norte-americanos desponta como uma escolha dos democratas para combater o republicano Donald Trump: Kamala Harris.

A vice-presidente de Biden conta com o apoio do atual presidente e já afirmou ter a intenção de merecer e conquistar a nomeação durante a convenção do Partido Democrata, que ocorre entre 19 e 22 de agosto.

Durante sua participação na atual gestão do país, Kamala ficou responsável por propor medidas para combater a imigração ilegal na fronteira com o México. Entretanto, os EUA observaram um aumento nos dados de imigrantes ilegais, algo explorado pela campanha de Donald Trump para atacar a possível candidata.

Enquanto isso, no âmbito econômico, Harris e Biden mostraram-se contrários a redução de impostos para empresas e grandes fortunas proposta durante o governo de Trump. Dois anos após a medida do republicano, em 2019, Kamala propôs aumentar os impostos sobre heranças de ricos para financiar um plano de US$ 300 bilhões para aumentar os salários dos professores.

Além dessa proposta, também esteve no radar da democrata a substituição dos cortes de impostos por um crédito tributário mensal reembolsável no valor de até US$ 500 para pessoas que ganham menos de US$ 100 mil ao ano, no que foi conhecido como “Lift the Middle Class” (“impulsione a classe média”).

Kamala Harris também adota a postura de Joe Biden ao defender a classe média dos Estados Unidos, classificada anteriormente pelo atual presidente como a “espinha dorsal” da nação.

Entre outras medidas, também estiveram a defesa de projetos que impulsionem setores de energia verde no país, como o aumento de subsídios a veículos elétricos, buscando conter o avanço da China no setor.

No caso do gigante asiático, a vice-presidente afirmou que o país precisava ser responsabilizado por roubar propriedade intelectual e despejar exportações fortemente subsidiadas nos mercados estrangeiros, mas mostra-se desfavorável a medidas progressistas, como a de impor tarifas de 10% sobre todas as importações para os EUA, proposta por Trump.

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Kamala Harris será a escolha dos democratas?

Apesar de possuir o apoio de Joe Biden, a atual vice-presidente pode não ser necessariamente a escolha do Partido Democrata. Nomes como o de Gavin Newsom, governador da Califórnia, e Josh Shapiro, governador da Pensilvânia, também despontam.

Entretanto, a escolha pode ser facilitada por alguns motivos, entre eles, o fato de que o fundo da campanha Joe Harris já concentra uma soma de aproximadamente US$ 96 milhões, que seria assumido pela vice-presidente no caso do apoio democrata.

Durante a convenção dos democratas, o nome escolhido pelo partido será aquele que obtiver a maioria dos 3.934 delegados. Caso nenhum nome alcance a marca, 749 superdelegados, como deputados e senadores, também votam e o processo é repetido até que alguém consiga a maior parte do apoio necessário.