Semana de “Super Quarta”: Banco Central e Fed definem taxas de juros no mesmo dia; Confira a agenda da semana

Após IPCA de agosto, mercado aguarda por dias movimentados pelo Copom (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A semana foi marcada por dados relevantes no Brasil e no exterior. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, por exemplo, caiu 0,02% em agosto — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,38% apurada em julho.

Trata-se da primeira deflação registrada desde junho de 2023. A expectativa do mercado, segundo projeções do Broadcast, era de um avanço de 0,02%.

Outro dado importante foi o índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) de agosto, que avançou 0,2% na base mensal e foi a 2,5% na anual.

A inflação do mês passado veio em linha com as estimativas do mercado, que esperava exatamente os resultados divulgados, na média.

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Ainda durante a semana, o Itaú BBA revisou suas perspectivas para o Brasil. Para a Selic, o economista-chefe, Mario Mesquita, e a equipe de pesquisa macroeconômica esperam um novo ciclo de alta de 1,50 ponto percentual (p.p.), a começar na reunião de setembro.

Os pontos que justificam a decisão, segundo os economistas, são: taxa de câmbio pressionada, expectativas de inflação desancoradas e alguma revisão — ainda que pequena — do hiato do Produto Interno Bruto (PIB).

“Projetamos taxa Selic de 11,75% ao final de 2024, com uma alta adicional em janeiro do ano que vem, alcançando um nível terminal de 12%”, afirmam.

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Sendo o único indicador brasileiro do dia, o mercado começa a segunda-feira (16) no aguardo do habitual Relatório Focus.

Já na terça-feira (17), o foco será o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), referente ao período entre 11 de agosto e 10 de setembro, além do primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

O dia mais aguardado pelo mercado em setembro acontece nesta semana, na chamada Super-Quarta. Isso porque tanto o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) quanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil divulgam suas decisões sobre taxas de juros.

A decisão do Fed sai primeiro, às 15 horas, com a expectativa do mercado de que seja anunciado um corte de 0,5 ponto na taxa conhecida como Fed Funds, que é parâmetro para os juros nos EUA. Se confirmado este corte, a taxa ficará no intervalo entre 4,75% e 5%.

No Brasil, a expectativa é de que o BC anuncie uma alta na taxa Selic, que está atualmente em 10,50% ao ano. A maior parte dos analistas espera um aumento de 0,25 ponto nos juros na reunião da próxima quarta-feira (18).

Por fim, a Receita Federal divulga na sexta-feira (20) os dados mais recentes da Receita Tributária Federal.