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Agência dos EUA ameaça bloquear compra da Arm pela Nvidia

03 dez 2021, 12:40 - atualizado em 03 dez 2021, 12:40
Nvidia
A Nvidia terá que pagar uma multa de 1,25 bilhão de dólares se o negócio não for fechado (Imagem: Reuters/Tyrone Siu)

A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) ameaçou bloquear a aquisição da projetista britânica de chips Arm pela Nvidia, por mais de 80 bilhões de dólares, ampliando os já significativos desafios regulatórios globais do negócio.

O FTC disse que o acordo proposto dará a uma das maiores empresas de chips, o controle sobre a tecnologia de computação e designs dos quais os concorrentes dependem para desenvolver seus próprios componentes.

Composto por dois republicanos e dois democratas, a agência votou por 4 a 0 para aprovar posição contrária à fusão. A FTC alegou que “a fusão dará à Nvidia a capacidade e incentivo para usar seu controle dessa tecnologia para minar seus concorrentes, reduzindo a concorrência e, em última análise, resultando em qualidade reduzida do produto, baixa inovação, preços mais altos e menor escolha, prejudicando milhões de norte-americanos que se beneficiam de produtos da Arm”.

A FTC acrescentou que a empresa combinada “terá os meios e incentivos para sufocar tecnologias inovadoras da próxima geração, incluindo aquelas usadas para operar datacenters e sistemas de assistência ao motorista em carros”.

A Nvidia terá que pagar uma multa de 1,25 bilhão de dólares se o negócio não for fechado.

Antes da oferta da Nvidia, o Softbank planejava fazer uma oferta pública inicial (IPO) da Arm. Apesar da receita da empresa tem mostrado crescimento rápido, avançando 56,3%, para 1,46 bilhão de dólares nos seis meses encerrados em 30 de setembro, não está claro se a Arm, em um IPO, alcançaria algo próximo aos 80 bilhões de dólares em valor oferecido pela Nvidia.

Algumas empresas de semicondutores, como MediaTek e Broadcom, manifestaram apoio ao negócio. Mas outras empresas como a Qualcomm se opuseram.

A Nvidia disse que “trabalhará para demonstrar que a transação beneficiará a indústria e promoverá a concorrência”. A Arm não quis comentar e a Qualcomm não respondeu a um pedido de comentário.

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