Agência americana de imigração planeja usar ferramentas forenses da corretora cripto Coinbase

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12 ago 2021, 13:52 - atualizado em 12 ago 2021, 14:01

Em 2020, o CEO da Coinbase havia afirmado que o produto de análise apoia o principal negócio da corretora cripto, que já causa uma boa impressão nos reguladores ao também transformá-los em seus clientes (Imagem: REUTERS/Shannon Stapleton)

Registros públicos mostram que a Polícia de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), agência governamental para a segurança das fronteiras, quer utilizar “software computacional forense” desenvolvido pela Coinbase (COIN).

Detalhes da planejada concessão de contrato foram incluídos em um documento que data do dia 3 de agosto, disponível na base governamental de dados SAM. Apesar da falta de especificidade, o comunicado sobre a ação de contrato afirma o seguinte:

O Departamento de Segurança Nacional (DHS), a Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) e seu Escritório de Aquisições (OAQ) pretendem conceder uma ordem de aquisição com base [no serviço da Coinbase] em vez de outras [empresas] da competição que fornecem serviços computacionais forenses completos e [de códigos] abertos.

Em conformidade com a seção 106-1(b)(1)(i) e (ii) da [regulamentação] FAR 13, a Coinbase, Inc. (cujo Sistema Internacional de Numeração de Dados é 081007539) é a única comerciante que pode fornecer os serviços exigidos pela agência.

[…] O valor total estimado em dólares para esse requisito é de US$ 29.000,00, com um período estimado de desempenho de um ano, a partir da data da concessão. Esse requisito está SUJEITO À APLICAÇÃO DA LEI[sic] e, portanto, informações mínimas serão publicamente fornecidas.

Apesar de a quantia em dólares do contrato ser relativamente pequena, a existência de um acordo pendente reflete o crescimento da linha comercial de análise da Coinbase, embora a empresa — que realiza grande parte de seu negócio nos setores de corretagem ao varejo — continua sendo uma pequena intermediária em comparação a empresas como a Chainalysis.

Em 2020, foi noticiado que a Coinbase visava atuar como uma comerciante de análise ao governo americano, usando a tecnologia obtida após a aquisição da controversa empresa de inteligência artificial Neutrino.