África do Sul busca acordo extrajudicial com unidade da Huawei
O departamento de trabalho da África do Sul está negociando um possível acordo extrajudicial com uma subsidiária da chinesa Huawei, que acusa de não cumprir as cotas de contratação locais, disse um funcionário do governo à Reuters.
As autoridades levaram a Huawei ao tribunal neste mês, afirmando que a empresa não cumpriu a exigência de que 60% dos trabalhadores sejam sul-africanos.
A Huawei confirmou que entrou em negociações para obter um acordo e que o processo judicial foi suspenso até um resultado.
A empresa se recusou a abordar as alegações, afirmando que não poderia comentar um assunto legal em andamento.
Citando uma auditoria de 2020, o departamento do trabalho disse que os estrangeiros representam quase 90% da força de trabalho da Huawei na África do Sul.
O departamento do trabalho apresentou ao tribunal o que disse ser o plano de contratação revisado de 2020 a 2022 que a empresa deveria elaborar.
O documento mostrava que a companhia planejava contratar 44 sul-africanos, cerca de 60% das contratações projetadas para o período. Isso resultaria em uma força de trabalho composta por 652 estrangeiros e 112 locais até setembro de 2022.
O plano afirma que a empresa “garantirá que seja feito um recrutamento eficaz” e acrescentou que procurará treinar e promover sul-africanos e membros de grupos desfavorecidos para cargos de alto escalão.
Em uma carta separada enviada ao departamento em fevereiro de 2021, a Huawei Tecnologias South Africana explicou que seus trabalhadores estrangeiros eram necessários para garantir a implantação de tecnologias de ponta, incluindo 5G, inteligência artificial e automação de processos robóticos.
A empresa não apresentou nenhum documento no tribunal em resposta ao processo antes do início das negociações do acordo.