AES Tietê rejeita proposta de fusão da Eneva
A Eneva (ENEV3) informou ontem (19), em nota ao mercado, que a AES Tietê (TIET11) rejeitou a proposta de fusão entre ambas as empresas.
A AES entendeu que os termos e as condições da Eneva são inadequados aos seus interesses, principalmente quanto à incompatibilidade entre os negócios e as estratégias das duas companhias.
Em comunicado, a AES disse que “adota um planejamento estratégico pautado na criação de valor para os seus acionistas por meio do atendimento das necessidades e exigências de seus clientes, que buscam uma geração de energia limpa e renovável”, enquanto a Eneva “tem seu modelo de negócios centrado na geração, exploração e produção de hidrocarbonetos, com foco na geração térmica baseada em gás natural e carvão mineral”.
Dessa forma, a AES acredita que a fusão não condiz com os princípios seguidos pela empresa, que também enxerga na operação a possibilidade de risco sobre a continuidade de seu modelo de negócios sustentável.
Em termos financeiros, a administração da AES entendeu que o valor atribuído à companhia na proposta deveria ser significativamente superior.
“A avaliação realizada pela empresa especializada contratada pela Eneva (i) superestima as potenciais sinergias decorrentes da combinação de negócios e (ii) considera como possíveis sinergias diversos aspectos que dizem respeito, na realidade, a valores ou características intrínsecos da própria AES”, afirmou a empresa.
A pandemia da covid-19 foi outro motivo levantado pela AES. Segundo a companhia, o momento não é propício para a implementação de operações altamente alavancadas.
A AES informou que a administração está à disposição para se reunir com representantes da Eneva e aprimorar a estrutura da proposta.