AES Brasil (AESB3): Santander faz corte drástico na recomendação
O Santander rebaixou a AES Brasil (AESB3) de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado) para “underperform” (desempenho esperado abaixo da média do mercado) após atualizar as estimativas para os preços de energia a R$ 130/MWh no médio prazo (2025-2030).
As projeções anteriores do Santander consideravam os preços de energia em R$ 180/MWh para 2025 e R$ 150/MWh nos anos seguintes até 2030).
A estimativa para o déficit hidrológico de longo prazo aumentou para 10%, contra 5% anteriormente.
Todas essas revisões levaram a um corte significativo das estimativas do banco para a AES Brasil e a mais pressões sobre a TIR (taxa interna de retorno) esperada para 2023, agora em 7,6%.
Em relatório divulgado na quinta-feira (12), o Santander destaca que a alavancagem continua elevada, o que dificulta o crescimento marginal em um cenário sem novos aumentos de capital.
Os analistas enxergam o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da AES Brasil atingindo R$ 1,83 bilhão em 2023.
Para eles, ativos hidrológicos podem ter notícias importantes em 2023 se a regulação melhorar, “trazendo algum alívio para o setor e gerando certa reprecificação de ativo”.
O Santander introduziu o preço-alvo de R$ 9,05 ao fim de 2023 para a ação da AES Brasil, substituindo o alvo de R$ 12,97 estimado para o ano passado.
O Itaú BBA também realizou recentemente um corte de recomendação na tese da AES Brasil, de outperform para underperfom, com novo preço-alvo de R$ 9,20 ao fim de 2023.