AES Brasil (AESB3) sai do prejuízo e lucra R$ 102 mi no 3T22; ‘Conciliamos 100% de dividendos com investimentos’, diz diretor
A AES Brasil (AESB3) fechou o terceiro trimestre de 2022 com lucro de R$ 102,6 milhões ante o prejuízo de R$ 103 milhões do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (3).
Já a receita líquida subiu 19%, para R$ 786 milhões, enquanto o Ebitda, que mede o resultado operacional, disparou 207%, a R$ 283 milhões.
A margem Ebitda avançou 22 pontos percentuais, a 36,1%.
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Segundo o diretor de tesouraria e RI da AES, José Ricardo Elbel Simão, em entrevista ao Money Times, foi um ótimo trimestre para a companhia, com destaque para crescimento de três vezes do Ebitda.
“Houve crescimento das três fontes: hídrica, solar e eólica. O regime hídrico ajudou. Mas todas tiveram crescimento”, coloca.
Ao todo, a geração medida em gigawatts por hora (GWh) subiu 21,6%, com destaque para as hidrelétricas — disparada de 32,6%. A energia solar subiu 3%.
“Destaque de parques eólicos é Mandacaru e Salinas, que compramos no final de 2020, e os solares o destaque é o Água Vermelha”, discorre
“Estamos fazendo o trabalho de recuperação desses ativos, que é onde ganhamos retorno. […] É um setor (energias renováveis) que tem tido um crescimento, não só aqui no Brasil, mas no mundo. Tem apelo muito grande para o nosso produto. Não dá para falar em redução das emissões sem mudar a matriz enérgica”, vê.
Dividendos vs crescimento da AES Brasil
No terceiro trimestre, a AES comprou a totalidade das ações representativas do capital social das sociedades de propósito específico (SPEs) que compõem o Complexo Eólico Ventos do Araripe, Caetés e Cassino.
Apesar de seguir investindo em novas fontes, Elbel garante que os dividendos não serão prejudicados. Atualmente, a política de proventos prevê o pagamento de 50% a 100% do lucro.
“Por prática, pagamos 100%, há mais de uma década. Seguimos nessa prática, conciliando dividendos com investimentos”, discorre.
Novo governo
Questionado se uma mudança de governo pode representar algum risco para as operações da companhia, Elbel diz que o investimento que a AES realiza é o de longo prazo.
“Estamos no Brasil há 20 anos. O setor tem uma agenda positiva, independente do governo. Tanto no governo atual como no novo, os interesses são comuns. Temos um cenário de continuidades, sem surpresas. Mudança para novo governo é neutra”, diz.
Veja o documento:
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