Empresas

AES Brasil (AEBS3): Luiz Barsi vende ações em meio à saída de elétrica do Brasil

10 jun 2024, 18:02 - atualizado em 11 jun 2024, 0:41
Luiz Barsi
A venda ocorre em meio à saída da americana AES do Brasil (Imagem: Bernardo Coelho)

O maior investidor pessoa física da bolsa, Luiz Barsi, diminuiu participação acionária na AES Brasil (AESB3) para 4,98%, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (10).

Segundo o comunicado, com a operação, Barsi passou a deter 4,98% dos papéis.

A alienação ocorre em meio à saída da americana AES do Brasil. No mês passado, a companhia anunciou a incorporação dos ativos para a Auren (AURE3). Desde o começo do ano, o mercado especulava sobre a venda da operação. Bastava saber quem seria o comprador.

Problemas como alta alavancagem e o baixo retorno da elétrica afastaram os americanos, que estavam no Brasil desde 1997.

Agora, resta a Auren cuidar dos ativos da AES, que conta com portfólio 100% renovável, com capacidade instalada total de 5,2 GW (gigawatt), sendo 2,7 GW hídrico, 2,2 GW eólico e 0,3 GW solar.

Com a saída, a Auren ofereceu três opções ao investidor da AES:

  • Opção 1: 90% em ações da Auren + R$ 1,15;
  • Opção 2: 50% em ações + 50% em dinheiro, ou R$ 5,77;
  • Opção 3: 100% em dinheiro, ou R$ 11,55;

Papel importante na carteira de Barsi

Em entrevistas, Barsi, que tem como principal estratégia investir em papéis que pagam bons dividendos, deixava claro a importância da AES para a sua carteira.

Em entrevista de 2023 para o site Inteligência Financeira, o investidor afirmou que gostaria de comprar mais ações da AES Brasil, se pudesse.

“Acabei de comprar 5% da empresa. Gostaria que fossem 50%, mas não dá”, afirmou à época.

No fim, quem levou foi a Auren.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin