Setor Aéreo

Aéreas trabalham em testes com OMS para substituir quarentenas

19 out 2020, 7:37 - atualizado em 19 out 2020, 7:37
Avião
Cingapura e Hong Kong fecharam um acordo na semana passada para abrir as fronteiras entre os dois destinos pela primeira vez em quase sete meses (Imagem: Pixabay)

A Associação Internacional de Transporte Aéreo planeja um sistema de testes que substituirá a quarentena compulsória.

O objetivo é ajudar a recuperação do setor aéreo, em crise devido ao impacto da pandemia de coronavírus.

A IATA, como a associação é conhecida, representa cerca de 290 companhias aéreas globais e trabalha com a Organização da Aviação Civil Internacional e com a Organização Mundial da Saúde para implementar sistemas de testes escaláveis, acessíveis e rápidos, disse Conrad Clifford, vice-presidente regional da IATA para a Ásia-Pacífico.

“Precisamos de testes, porque precisamos nos livrar das quarentenas”, disse Clifford em entrevista à Bloomberg Television na segunda-feira. “O que vimos até agora é que, se houver uma quarentena de 14 dias, é o mesmo que fechar as fronteiras.”

Clifford disse que a IATA “prefere ver alguns testes antes do embarque e, idealmente, se pudermos encontrar países com níveis semelhantes de risco de Covid, como Cingapura e Hong Kong, isso elimina a necessidade de mais testes”.

Cingapura e Hong Kong fecharam um acordo na semana passada para abrir as fronteiras entre os dois destinos pela primeira vez em quase sete meses.

O objetivo é ajudar a recuperação do setor aéreo, em crise devido ao impacto da pandemia de coronavírus (Imagem: Unspash/@pixtolero2)

Com isso, pessoas em ambas as cidades ficam dispensadas da quarentena obrigatória, o que ajuda a restabelecer as conexões entre os dois principais centros financeiros da Ásia. Os detalhes do acordo, que deve entrar em vigor em algumas semanas, ainda não foram divulgados.

O ideal é que os testes custem menos de US$ 10, disse Clifford.

O risco de os passageiros serem contagiados é “muito baixo”, já que as companhias aéreas têm realizado higienização mais intensa dos aviões e reduzido refeições e circulação de revistas a bordo, disse Clifford.

Com base em cerca de 44 casos potenciais de contágio a bordo registrados neste ano, as chances de passageiros contraírem o coronavírus é de cerca de uma em 27 milhões, disse.

A chance de ser contagiado a bordo é menor do que ser atingido por um raio, disse Clifford. “Há muitas medidas que as companhias aéreas têm tomado para reduzir essa chance ao mais próximo possível de zero. Portanto, é um ambiente muito seguro.”

Embora a IATA tenha previsto em junho que as companhias aéreas perderão US$ 84 bilhões neste ano por causa do coronavírus, esse número deve ser maior porque o mercado não teve a abertura esperada pelo setor, disse Clifford. A associação prevê que a demanda por viagens só voltará aos níveis pré-Covid a partir de 2024.

O segmento de carga tem sido um ponto positivo para a indústria – em parte impulsionado por compras online – e isso deve continuar nos próximos anos, avalia Clifford.

O frete aéreo deve representar cerca de 26% da receita das operadoras neste ano em comparação com 12% em 2019, disse.

As taxas de carga aumentaram depois que milhares de aviões de passageiros, que transportam mais da metade do frete aéreo, foram aterrados devido às restrições de viagens. Isso levou companhias aéreas a converterem aviões de passageiros para transportar mercadorias.

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bloomberg@moneytimes.com.br
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