Aegea, investida da Itaúsa (ITSA4), vence leilões de saneamento do Pará

A Aegea, uma investida da Itaúsa (ITSA4), saiu vencedora nesta sexta-feira (11) dos três leilões de serviços de saneamento no Pará, com oferta de ágio de 12% sobre o principal bloco de ativos, que tinha outorga mínima de R$1 bilhão.
A companhia venceu os blocos A, B e D do leilão. O principal lote era o A, em que a empresa disputou sozinha e venceu com lance de R$1,17 bilhão.
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Nos blocos B e D a Aegea também ofereceu ágios significativos sobre os preços mínimos. No caso do B, a outorga mínima era de R$18,8 milhões e a oferta da companhia foi de R$140,9 milhões. No lote D, o mínimo era R$33,6 milhões e a Aegea ofertou R$117,8 milhões.
Com o leilão, a Aegea elevará sua presença no Pará para 101 das 144 cidades do Estado. A empresa já presta serviços nos municípios de Barcarena e Novo Progresso.
Os blocos preveem investimentos de R$15,2 bilhões ao longo de 40 anos de contratos, com a maior parte devendo ocorrer nos primeiros 14 anos.
O Pará, que está assentado sobre a maior bacia hidrográfica do mundo, tem uma cobertura de serviços de tratamento de esgoto de apenas 8,5%, um dos piores índices do país. Na capital, Belém, que será sede da conferência de mudanças climáticas COP30, em novembro deste ano, a cobertura da rede de coleta e tratamento de esgoto não passa de 15%, segundo dados do BNDES.
O lote C, que envolvia 27 cidades, previa outorga mínima de R$400 milhões e investimentos de R$3,6 bilhões, não foi colocado em leilão por falta de interessados. Autoridades presentes no leilão citaram que o bloco será reavaliado e que poderá ser recolocado em leilão mais adiante.
Apesar do certame, a estatal de água e saneamento do Pará, Cosanpa, seguirá existindo. Pela modelagem do BNDES, a estatal será responsável pela produção de água na região metropolitana de Belém e pela distribuição de água nas regiões rurais, disse o governador do Estado, Helder Barbalho, após cerimônia de batida de martelo na B3.