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Aegea e Iguá têm interesse em possível novo leilão de lote 3 da Cedae

16 jun 2021, 14:44 - atualizado em 16 jun 2021, 15:47
Aegea Saneamento
O lote 3 foi ofertado no leilão de abril, mas não teve interessados (Imagem: Facebook/Aegea Saneamento)

A Aegea e Iguá Saneamento (IGSN3) podem participar do leilão do lote 3 da empresa estadual de saneamento fluminense Cedae, afirmaram executivos das companhias nesta quarta-feira. O edital deve ser lançado até setembro e o certame pode acontecer ainda neste ano.

O lote 3 foi ofertado no leilão de abril, mas não teve interessados. O bloco era formado originalmente por seis cidades que estão situadas em áreas de elevados níveis de insegurança, baixa densidade e alta inadimplência. Nesse leilão, Aegea levou dois dos quatro blocos, com ofertas que somaram mais de 15 bilhões de reais. A Iguá levou um dos lotes, com oferta de cerca de 7,3 bilhões de reais.

Para tornar o lote 3 mais atrativo, o governo estadual conversa com outras cidades que poderiam aderir ao leilão numa nova tentativa.

“Sobre o bloco 3, nós temos muito interesse em participar do leilão. Vamos avaliar assim que o edital sair”, disse à Reuters o diretor da Aegea, Alexandre Bianchini.

Já o presidente-executivo da Iguá, Carlos Brandão, afirmou que “eles (governo) devem ampliar o número de municípios e deixar mais atrativo e maior criação valor. Com novo lote e mais cidades vamos olhar com certeza.”

Ambos os executivos participaram de evento do setor, nesta quarta-feira.

A expectativa do governo do Rio de Janeiro é incluir mais 6 a 14 cidades no lote 3 para potencializar o certame.

“Estamos em negociação com os municípios para podermos ter uma lista completa, mas já há municípios que ficaram de fora e se interessaram (em participar do novo leilão)”, disse nessa quarta feira o governador Cláudio Castro. “Nossa previsão é antes do fim desse ano e já devemos lançar um edital em agosto ou setembro”, adicionou.

O valor da outorga mínima fixada para o lote 3 em abril era de mais 900 milhões de reais. “Com mais cidades, esse valor será potencializado em um novo leilão”, disse Castro.

Segundo técnicos do governo, dependendo do porte das cidades que aderirem ao novo leilão, a nova outorga poderia subir para 3 bilhões de reais.

Nessa quarta feira, o governo fluminense divulgou a divisão dos mais de 22 bilhões de reais arrecadados no leilão, com o Estado ficando com cerca de 14,5 bilhões e outros 7,6 bilhões de reais distribuídos entre municípios.