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Advogada da Kroton defende que não há jurisprudência para reprovar fusão

28 jun 2017, 20:03 - atualizado em 05 nov 2017, 14:00

A advogada da Kroton, Bárbara Rosenberg, defendeu, na sessão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que não há razão na jurisprudência do órgão para reprovar a compra da Estácio.

“A única conclusão possível é que, apresentados remédios que solucionassem concentração no mercado presencial e a distância, não haveria razão para decisão que não fosse a aprovação com restrições, mesmo que fortes”, afirmou. De acordo com fontes que acompanharam as negociações, a tendência é que o Cade vete a operação. Bárbara afirmou que a Kroton sempre esteve aberta a negociar com o órgão e que se avançou em um acordo com a conselheira relatora, Cristiane Alkmin.

Segundo a advogada, foram oferecidos desinvestimentos nos oito municípios em que haveria maior concentração de mercado, com alienação integral de instituição no ensino a distância. O pacote negociado com a relatora também incluía oferta de marca. “As requerentes estão convencidas de que foram ofertados remédios suficientes”, completou. A advogada argumentou que esse pacote de ativos vendidos criaria o quarto principal concorrente do setor de ensino superior.

Dados da consultoria especializada Hoper Educação apontam que a quarta maior companhia do setor é a Laureate, com 245,9 mil alunos no ano de 2016. A Kroton é a líder, seguida de Estácio e Unip. Tanto a advogada da Kroton quanto o representante da Estácio, Márcio Dias Soares, defenderam que a operação seja aprovada. “Na nossa visão, é claro que há possibilidade de endereçar integralmente todas as preocupações que podem surgir em relação à operação”, completou.

(Por Lorenna Rodrigues e Dayanne Sousa)