ADRs de empresas brasileiras caem em Nova York; Vale é destaque positivo
A maioria das ADRs (American Depositary Receipts) e ações de empresas brasileiras negociadas na Bolsa de Nova York caminha para fechar esta segunda-feira (28) em queda. Por volta das 17h50 (horário de Brasília), dos 80 ativos brasileiros listados na Nyse, apenas 24 operavam em alta.
Os destaques positivos ficam com as empresas de mineração e siderurgia, e com os papéis ligados ao agronegócio brasileiro. A ADR da Vale (VALE) era uma das que mais subiam, com 3,45%. As ADRs da CSN (SID) subiam 1,04%; as da Usiminas (USNZY) avançavam 6,35%.
Invasão da Ucrânia impulsiona commodities
Em comum, essas empresas são beneficiadas pela alta do minério de ferro nos principais mercados, impulsionada pela expectativa de que a invasão da Ucrânia pela Rússia acarretará dificuldades de abastecimento da commodity.
Na Bolsa de Commodities de Dalian, na China, os contratos do mineral com vencimento em maio fecharam esta segunda-feira (28) com alta de 2,7%, negociados a 705,50 iuanes por tonelada (cerca de US$ 111). Na Bolsa de Singapura, a valorização foi ainda maior: 3,3% para os contratos que vencem em abril. O preço também fechou em patamar mais vantajoso: US$ 141,25 por tonelada.
Após um início volátil de altas e baixas, a Petrobras (PBR) se firmou no campo positivo e subia 0,38%. O movimento reflete a expectativa de alta do petróleo, após a exclusão de bancos russos do Swift, sistema internacional de pagamentos que facilita as transações internacionais. Os especialistas já dão como certo que o barril volte a superar os US$ 100. Num caso extremo, há quem projete US$ 150.
No setor do agronegócio, a Brasil Agro (LND) era o principal destaque, com ganhos de 3,23%.