ADM supera estimativas de lucro com forte demanda e grande safra de soja no Brasil
A Archer-Daniels-Midland superou as expectativas de Wall Street no primeiro trimestre, ao divulgar resultados nesta terça-feira que mostraram uma demanda robusta por grãos e oleaginosas, além de fortes margens de processamento de oleaginosas na América do Norte.
Uma safra recorde de soja brasileira impulsionou as fortes exportações e ajudou o segmento de serviços agrícolas e oleaginosas da ADM, o maior em receita e volumes, a obter um lucro “significativamente maior” do que no ano anterior.
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A redução dos embarques de alguns produtos agrícolas devido à guerra na Ucrânia provocou preocupações globais com a insegurança alimentar no ano passado.
Mas a forte demanda por alimentos, rações e biocombustíveis levou a ADM, com sede em Chicago, a outro forte desempenho trimestral.
“A maior demanda de exportação devido à safra recorde de soja brasileira gerou resultados significativamente mais altos ano a ano”, disse a empresa.
Enquanto isso, margens de processamento de oleaginosas historicamente fortes em mercados-chave, como a América do Norte, sustentaram os lucros do negócio de esmagamento, disse a empresa.
O lucro operacional ajustado da ADM no segmento de Serviços Agrícolas e Sementes Oleaginosas aumentou para 1,2 bilhão de dólares, de 1,01 bilhão de dólares no ano anterior.
O forte resultado escondeu os ganhos mais fracos do segmento de Nutrição da ADM e sua unidade de Soluções de Carboidratos, que inclui seu negócio de etanol. Amplos suprimentos pesaram nas margens de produção do biocombustível.
O lucro líquido ajustado da ADM ficou em 2,09 dólares por ação nos três meses encerrados em 31 de março, superando os 1,78 dólares esperados pelos analistas, mostraram dados da Refinitiv Eikon.
As ações da empresa subiram 1,25% nas negociações de pré-mercado.