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ADM prevê elevar em 11% exportação de soja brasileira da safra 2022/23

19 out 2022, 16:24 - atualizado em 19 out 2022, 16:24
farelo de Soja
A produção brasileira de soja está oficialmente estimada em recorde de 152,4 milhões de toneladas na safra 2022/23 (Imagem: REUTERS/Jorge Adorno)

A trading e processadora de produtos agrícolas ADM projeta aumentar em 11% suas exportações de soja do Brasil da safra 2022/23, em meio a expectativas de que o país poderá voltar a ter uma produção recorde na temporada que está sendo plantada, disse um executivo da companhia com sede nos Estados Unidos nesta quarta-feira.

A produção brasileira de soja está oficialmente estimada em recorde de 152,4 milhões de toneladas na safra 2022/23, um aumento de 21% ante o ciclo passado atingido por uma seca.

Esse maior volume deve ser refletido nas exportações do país, maior produtor e exportador global da oleaginosa.

“Estamos projetando um aumento em torno de 11% nas exportações”, disse o diretor de Originação da ADM para América do Sul, Luciano Souza, em nota antecipada à Reuters.

A ADM não informou dados comparativos ou volumes absolutos de embarques.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta exportações do país em 95,87 milhões de toneladas, alta de 22,5% ante o ciclo passado.

A empresa, uma das líderes globais e no Brasil em nutrição, originação e processamento de grãos, disse estar otimista especialmente com o cenário da atual safra de soja no Estado de Mato Grosso, maior produtor brasileiro.

A companhia estima que haverá um aumento de produção de 6% comparado com a safra passada, para 42,1 milhões de toneladas.

“Um dos destaques é o município de Rondonópolis, um dos maiores produtores e exportadores do Estado, e onde a ADM possui a maior planta de esmagamento de soja do Brasil, com produção de farelo, óleo de soja e biodiesel“, ressaltou a companhia.

O Estado também teve aumento de 25% na produção da última “safrinha” de milho, disse a empresa.

De acordo com a ADM, a atual produção de milho do país é suficiente para atender o mercado doméstico e o mercado internacional.

“Os números são muitos bons. Vale destacar que esse excedente tem viabilizado a expansão da produção de etanol de milho no país, um negócio que registra aumento ano a ano, além de proporcionar ao consumidor um produto de alto valor ambiental”, disse a ADM.

Segundo o executivo, a média de consumo interno de milho, nos últimos cinco anos, tem sido próximo de 70 milhões de toneladas por ano.

Já a produção tem sido, na média, maior que 100 milhões de toneladas entre a safra de verão e safrinha de inverno.

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