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Adiou de novo: Americanas (AMER3) joga divulgação de resultados de 2023 para frente; confira nova estimativa de data

19 dez 2023, 19:47 - atualizado em 19 dez 2023, 19:47
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Americanas tem nova estimativa para divulgação de balanços de 2023 (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A Americanas (AMER3), em recuperação judicial, anunciou nesta terça-feira (19) um novo adiamento da divulgação de resultados, desta vez referentes aos períodos finos em 31 de março de 2023, 30 de junho de 2023 e 30 de setembro de 2023.

A preparação e revisão dos resultados do acumulado dos três primeiros trimestres de 2023 estavam sujeitas à finalização das demonstrações financeiras de 2022 e da reapresentação do balanço de 2021, explicou a varejista.

De acordo com a Americanas, desde a divulgação das demonstrações financeiras de 2021 e 2022 em 16 de novembro de 2023, a empresa tem concentrado seus esforços para concluir os trabalhos dos balanços de 2023 “na maior brevidade possível”.

“Neste momento, a melhor estimativa é de divulgá-las até 31 de janeiro de 2024”, afirmou.

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Prejuízos bilionários

A Americanas teve em 2022 um prejuízo líquido de R$ 12,9 bilhões, além de um Ebitda recorrente negativo de quase R$ 3 bilhões no mesmo período.

Enquanto isso, o resultado revisado de 2021 apontou um prejuízo de R$ 6,2 bilhões e um Ebitda negativo de R$ 1,7 bilhão.

Em janeiro, a Americanas detectou um rombo contábil no valor de R$ 20 bilhões que levou à sua entrada em recuperação judicial. Desde então, a companhia manteve conversas com credores e fornecedores na tentativa de renegociar as dívidas bilionárias.

Americanas e a saga para acertar acordo com credores

Ontem, a Americanas divulgou os termos de adesão e apoio de instituições ao Acordo de Apoio à Reestruturação.

Dentre as instituições, há a assinatura do BTG Pactual, em nome dos fundos geridos pelo Banco Safra e pela Oliveira Trust, além dos Valores Mobiliários como agente fiduciário da 17ª emissão de debêntures da empresa.

A Americanas também conseguiu apoio de Banco do Brasil, Banco da Amazônia e a Caixa Econômica Federal, além de outros detentores.

Com as novas adesões, a empresa obtém parcela significativamente superior a 60% de sua dívida.

Nesta terça, em assembleia geral de credores da companhia, espera-se a aprovação do plano de recuperação judicial.

*Com Juliana Caveiro e Vitória Pitanga.

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