Adeus, Selic a 13,75%: Como o ciclo de cortes de juros afeta a renda fixa?
Quase todo o mercado concorda que chegou o fim para a taxa Selic em 13,75% ao ano, o que mexe com a dinâmica dos investimentos de renda fixa.
Entretanto, ainda não há consenso dos especialistas quanto à intensidade da queda dos juros na decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta quarta-feira (2).
Sendo assim, as apostas do mercado seguem em clima de final de campeonato, com as opções de Copom da B3 bem divididas:
- 60% dos operadores estão crentes no corte de 0,5 ponto percentual (trazendo a Selic a 13,25%);
- 40% dos agentes acredita no corte de 0,25 ponto percentual (baixando a Selic a 13,50%).
Conforme a XP, o Banco Central (BC) será mais cauteloso e deve cortar a Selic em 0,25 p.p. para 13,50% nesta semana, portanto em decisão dividida entre os membros do Copom.
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Corte na Selic: o que muda na renda fixa
Independente de qual seja o novo patamar da taxa básica de juros no Brasil, Selic a 13,50% ou 13,25%, a corretora recomenda o investidor prestar atenção no tom do comunicado do BC após a decisão.
Portanto, o comunicado dará pistas sobre os planos do BC para a política monetária, que guiarão as expectativas para os juros nos próximos meses, o que mexe diretamente com os investimentos de renda fixa.
Com a queda na curva de juros, títulos prefixados e atrelados ao IPCA vão gerar ganhos de marcação a mercado no curto prazo.
Conforme o Tesouro Direto, os títulos mais rentáveis no acumulado do ano (Tesouro Prefixado 2029 e Tesouro IPCA+ 2045) renderam ao redor de 20% no período.
Corte da Selic para 13,50%
Então, a XP aposta que o Copom deverá reduzir a taxa Selic em 0,25 p.p. para 13,50% nesta semana, em decisão dividida.
Dessa maneira, o comitê sinalizará que o ritmo futuro da flexibilização monetária dependerá dos dados
Corte da Selic para 13,25%
O cenário mais precificado pelo mercado é de um corte de 0,5 p.p., trazendo a Selic para 13,25%.
Neste caso, acreditamos que o BC traria em seu comunicado uma mensagem visando “controlar” o sentimento do mercado, com algum direcionamento para a próxima reunião.