Adeus, renda variável? Renda fixa capta mais de R$ 250 bilhões no ano, destaca diretor da MAG Investimentos
O ano de 2024 começou com perspectivas otimistas. As projeções dos economistas apontavam para queda na inflação, maiores cortes de juros e uma retomada dos investimentos.
Mas a realidade vem sendo bem diferente. Por aqui, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a subir enquanto o Banco Central fez uma pausa no afrouxamento monetário. Lá fora, o Federal Reserve ainda avalia se a inflação americana está controlada antes de começar a reduzir as taxas de juros. E no meio disso tudo, ainda temos movimentações do câmbio e no fiscal.
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Essa reviravolta no mercado abalou a confiança dos investidores na renda variável, que vem tentando sobreviver à volatilidade. Por outro lado, a renda fixa está surfando na onda de juros altos e investimentos menos arriscados.
Em entrevista para o Money Minds, Cláudio Pires, diretor de investimentos da MAG Investimentos, destaca que a renda fixa está sendo o principal catalisador de recursos dentro da indústria de fundos local.
“Esse ano a indústria de renda fixa capta mais de R$ 250 bilhões, o que é um número muito bom. A indústria de multimercados perde R$ 90 bilhões esse ano e os fundos de renda variável também estão com um fluxo negativo […] Então você está vendo claramente uma migração de saída de risco para buscar e algum investimento de volatilidade baixa”, afirma.
Pires destaca que com a economia superaquecida, junto de uma taxa de desemprego muito baixa e das incertezas sobre como o Banco Central vai conduzir a política monetária, os investidores acabam buscando proteção da inflação, porque a tendência é de alta lá na frente.
Confira a entrevista completa e as projeções econômicas para o final do ano.