Adeus, deflação: IPCA volta a subir 0,12% em julho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,12% em julho, acelerando-se em relação à baixa de 0,08% apurada em junho.
O resultado veio acima da mediana projetada pelo mercado.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11), o IPCA acumula alta de 2,99% nos primeiros sete meses do ano.
Com isso, o indicador acelerou a alta acumulada em 12 meses até julho para +3,99%, de + 3,16% no mês anterior. O resultado também ficou ligeiramente acima da mediana projetada.
A inflação permanece dentro do teto da meta do Banco Central para 2023, de 4,75%.
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Os grupos da inflação
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de julho. O grupo transportes apresentou o maior impacto (0,31 p.p) e a maior variação (1,50%). No lado das quedas, destacam-se os grupos habitação (-1,01% e -0,16 p.p.) e alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10 p.p.).
Os resultados dos demais grupos foram: -0,24% de vestuário; 0,00% de comunicação; 0,04% de artigos de residência; 0,13% de educação; 0,26% de saúde e cuidados pessoais e o 0,38% de despesas pessoais.
A gasolina, subitem de maior peso individual no índice (4,79%), foi o produto que mais impactou no resultado de julho, com uma variação de 4,75% e contribuição de 0,23 p.p. O gás veicular (3,84%) e o etanol (1,57%) também subiram, enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo.
Pelo lado das quedas, no grupo habitação (-1,01%), a energia elétrica residencial (-3,89%) apresentou o impacto negativo mais intenso do mês (-0,16 p.p.).
Já a queda no grupo alimentação e bebidas (-0,46%) foi influenciada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%). Entre os produtos, destacam-se feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%).
*Com Agência IBGE