Adeus a Nyse: Assaí (ASAI3) aprova deslistagem de ADSs da bolsa de Nova York
O conselho de administração do Assaí (ASAI3) aprovou a intenção de deslistagem voluntária dos American Depositary Shares (ADSs), cada um representando cinco ações ordinárias da companhia, da bolsa de Nova York (Nyse).
Segundo o comunicado enviado ao mercado na quinta-feira (19), a varejista também incluiu a alteração do programa de ADRs para o Nível 1.
Com isso, os investidores podem manter a propriedade sobre seus ADSs, que serão negociados em mercados de balcão após a deslistagem, conforme aplicável, e o cancelamento do seu registro na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), um vez que sejam cumpridos os requisitos aplicáveis para o processo.
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O Assaí esclarece ainda que o pedido de inclusão e negociação de suas ações ordinárias no segmento do Novo Mercado da B3, bem como o pedido de listagem de seus ADSs na NYSE foram aprovados em fevereiro de 2021, como parte da reorganização societária envolvendo o Assaí e o GPA (PCAR3).
“Entretanto, a companhia considera que a manutenção de uma listagem secundária na Nyse não é atualmente benéfica, dado que as negociações de ações ordinárias da companhia estão concentradas predominantemente (cerca de 87%) no Novo Mercado”, afirma.
Dessa maneira, segundo o Assaí, a deslistagem está em linha com a estratégia de longo prazo da companhia de manter a eficiência da operação, dada a característica de baixo custo.
No Brasil, nada muda para as ações do Assaí
O comunicado do Assaí destaca que as ações ordinárias ASAI3 continuarão listadas e negociadas no Brasil, no segmento do Novo Mercado, uma vez que é seu principal mercado de negociação.
No ano, inclusive, os papéis acumulam queda de 58,22%.
Na visão do BB Investimentos, que recentemente iniciou a cobertura da varejista, apesar do setor supermercadista ser um dos mais resilientes em tempos de crise econômica ou alta volatilidade, esse desempenho da ação reflete a retomada da trajetória de alta da taxa Selic e a deterioração das expectativas de inflação que ocorreram durante o ano – o que, inicialmente, não era esperado no início de 2024 –, que afetam os papéis de empresas mais endividadas, como é o caso do Assaí.
A casa tem recomendação de compra para a varejista e preço-alvo de R$ 12,00 para o final de 2025.