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Adaptação de aeroportos e aéreas à pandemia pode ser cara

06 maio 2020, 18:21 - atualizado em 06 maio 2020, 18:21
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Segundo ela, os assentos a bordo devem ser organizados de forma que as pessoas não fiquem muito próximas, e os aeroportos precisam ser remodelados para promover o distanciamento social (Imagem: REUTERS/Kamil Krzaczynski)

Companhias aéreas e aeroportos precisarão adotar ainda mais medidas para evitar a propagação do Covid-19, algumas das quais implicariam custos significativos para uma indústria já abalada por grandes perdas, disse uma especialista em saúde pública a congressistas dos Estados Unidos.

A temperaturas de passageiros deve ser verificada para identificar febre e todos funcionários devem usar máscaras e luvas, segundo depoimento preparado para uma audiência no Senado por Hilary Godwin, reitora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Washington.

Segundo ela, os assentos a bordo devem ser organizados de forma que as pessoas não fiquem muito próximas, e os aeroportos precisam ser remodelados para promover o distanciamento social.

O setor de viagens aéreas e reguladores devem permitir que considerações de saúde pública “desempenhem um papel muito maior do que antes desta pandemia”, disse Hilary nos comentários.

A especialista faz parte do grupo de quatro pessoas convocadas para uma audiência sobre o estado do setor aéreo durante a pandemia de coronavírus do Comissão de Comércio do Senado dos EUA.

Embora a audiência seja realizada presencialmente apesar da pandemia, Hilary agradeceu à comissão por permitir que participasse remotamente. A Bloomberg News teve acesso ao depoimento da especialista.

Autoridades do setor ecoaram algumas das preocupações de Hilary, de acordo com seu depoimento, em alguns casos exortando o governo federal a criar diretrizes e padrões para proteger passageiros e ajudar a restaurar a confiança do público no setor de transporte aéreo.

Ela recomendou mudanças drásticas na aparência dos terminais de aeroportos, que antes da pandemia tinham passageiros aglomerados nas áreas de embarque, restaurantes e filas de segurança. Agora, deve haver distanciamento social em todas essas áreas, disse.

“A probabilidade de indivíduos saudáveis interagirem com um ou mais indivíduos infectados, mas que talvez não saibam, aumenta exponencialmente com o maior número de pessoas que passam pelo aeroporto”, disse no depoimento.

Outras medidas que devem ser consideradas incluem exigir que passageiros ou funcionários do setor de aviação atestem que estão saudáveis antes de serem autorizados a viajar ou comparecer ao trabalho. Em breve, também pode ser possível testar cada pessoa para o vírus antes de entrar nos aeroportos, afirmou.

bloomberg@moneytimes.com.br