Açúcar sobe 6% para máxima de 4 anos enquanto safra do Brasil encolhe após geadas
Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE fecharam em alta de 6% nesta terça-feira, para a máxima em mais de quatro anos, com a produção do adoçante na importante região centro-sul do Brasil afetada por geadas que também ameaçam restringir a matéria-prima da próxima temporada.
Açúcar
O açúcar bruto para outubro fechou em alta de 1,12 centavo de dólar, ou 6,1%, em 19,59 centavos de dólar por libra-peso, após avançar para um pico de 19,75 centavos de dólar – a máxima desde março de 2017.
A produção de açúcar na região centro-sul do Brasil caiu 11% na segunda quinzena de julho, para 3 milhões de toneladas, já que as geadas recentes prejudicaram as safras do maior produtor mundial, disse o grupo industrial Unica em relatório nesta terça-feira.
“É tudo Unica”, disse um corretor dos Estados Unidos referindo-se à influência do relatório de safra no mercado.
O açúcar branco para outubro avançou 18,00 dólares, ou 4,0%, a 468,20 dólares a tonelada.
Café
O café robusta para novembro fechou em alta de 66 dólares, ou 3,7%, a 1.863 dólares a tonelada, a máxima este mês.
Os operadores disseram que os preços do robusta continuam acompanhando o recente aumento do arábica, já que um provável aperto na oferta de arábica devido às geadas no Brasil levará os consumidores a aumentarem a compra de robusta para ‘blend’.
O café arábica para setembro fechou em alta de 2,65 centavos de dólar, ou 1,5%, em 1,82 dólar por libra-peso.
“Os preços do café provavelmente continuarão a ser voláteis, já que o impacto da geada sobre a floração e a resposta do produtor sobre os cafezais danificados ainda está para ser visto”, disse o Rabobank em uma nota.