Açúcar: restrições de embarque da Índia é ‘estória pra boi dormir’ antes do 2º semestre
Toda essa conversa de que a Índia poderá ter dificuldade de exportar 10 milhões de toneladas de açúcar na safra 22/23 é ‘estória pra boi dormir’ dos fundos e das indústrias locais, costumeiramente duvidosas, para dar suporte mais firme e antecipado à commodity, como ocorreu na segunda.
Tanto que nesta terça (7), a realização de lucros é bem maior do que a alta de véspera, sinal de que forçaram demais a mão. Perto do fechamento de Nova York, o contrato julho cede 3%, a 18,98 c/lp.
E, ainda, o petróleo fechou em quase 0,75% de ganho, passando dos US$ 120 o barril, em Londres, o que normalmente acaba impulsionando o açúcar, como vem ocorrendo nas últimas semanas.
“Esses 10 milhões/t é um teto que eles [indústrias da Índia] jogaram lá no alto; eles não exportam isso, nunca exportaram tudo isso aí”, explica o analista Maurício Muruci, da Safras & Mercado.
Não seria agora, com a economia local se recuperando, que passariam das 8 milhões/t de embarques, praticamente fechadas já.
O que vai dar sustentação aos preços de forma mais consistente, mas no segundo semestre, são os dados de superávit global de açúcar menor no ciclo internacional 22/23 (a partir de outubro), segundo o USDA de maio.
Nos dados do Departamento de Agricultura dos EUA o Muruci confia mais.
São esperadas 4,048 milhões/, contra 5,689 milhões/t ainda em vigor, 28% menor portanto.
A produção global até que vai aumentar um pouco mais, lembra o analista da Safras, para 182,8 milhões/t, porém os estoques iniciais e finais caem contra consumo mais parrudo.
Respectivamente, recuam cerca de 3 milhões e sobem, alinhados, 3 milhões/t.
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