Açúcar & Etanol: Bloqueio da Índia, ‘super safra’ e Petrobras (PETR4) mexem com preços
O mercado do açúcar e do etanol reagiu às notícias sobre a proibição das exportações da Índia para a commodity na safra 2023/2024, que começa em outubro.
O bloqueio indiano, que é o primeiro em sete anos, acontece pela escassez de chuvas que afetou a produtividade no país, o que resultou em alta nos preços internacionais.
Nesta quarta-feira (23), o açúcar com contrato para novembro fechou com alta de 1,98%, em US$ 0,24.
Na visão de Marcelo Di Bonifácio, analista na StoneX, as notícias quanto ao bloqueio da Índia não são tão surpreendentes ao mercado, uma vez que os estoques indianos já estão menores na safra atual (22/23) e já há expectativa de quebra na próxima temporada.
“O governo do país já espera forte quebra para a safra de cana-de-açúcar, e, assim, proíbe os embarques para garantir a oferta doméstica de açúcar, assim como fez para o arroz recentemente, para controlar a inflação interna”, explica.
Por outro lado, o Centro-Sul caminha para uma safra de cana-de-açúcar em 607,7 milhões de toneladas, com um mix de açúcar maximizado, segundo a StoneX. Dessa forma, essa “super safra” deve conter altas ainda mais expressivas.
Petrobras mexe com preços de etanol
O etanol segue sem muitas mudanças nesta semana, com o reajuste da Petrobras (PETR4) sendo o principal fundamento para o bicombustível.
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Por outro lado, o etanol hidratado contrariou o movimento de queda registrado entre 7 e 11 de agosto e fechou com alta de 3,66% na semana passada, em R$ 2,1556 por litro, de acordo com o indicador Cepea/Esalq.
“Podemos ver que o etanol está em um momento de alta, tanto na bomba quanto na usina, uma vez que a demanda está elevada no curto prazo, com o reajuste da Petrobras resultando em uma alta de R$ 0,12 por litro para gasolina na bomba”, diz Bonifácio.