Açúcar despenca com fundos fora e Índia revelando que viés de alta era fraco
A tentativa de qualificar a ação dos fundos com menor importância nas altas do açúcar e determinarem que um hipotético déficit global e menor oferta brasileira estariam por trás, durou pouco.
O adoçante voltou à sua tendência de baixa nesta quinta (7), na bolsa de commodities agropecuárias de Nova York. O março caiu para 15.60 centavos de dólar por libra-peso, perdendo bons 3,51%.
Os fundos saíram das compras e a Índia estabeleceu novos lotes de exportações (1,5 milhão de toneladas), ancorados em subsídios dados pelo governo em dezembro, e que, sendo menores que o esperado, estariam na base da menor oferta global, segundo algumas vozes.
A Alvean, joint entre Cargill e Copersucar, é uma delas, estimando déficit de 5 milhões de toneladas para a commodity neste ciclo.
Baseado em análises já apresentadas aqui no mês passado, como de Maurício Muruci, da Safras & Mercado, Money Times alertou ontem que os fundamentos de alta não estavam firmes o suficiente para sustentarem – sem os fundos – o topo de 16.30 c/lp do contrato de março.
Tampouco esperar que necessariamente menor volume de cana brasileira na próxima safra, de acordo com as mesmas análises, depois da seca de 2020, imporá menos açúcar.
Também a Tailândia está no rol de razões do suposto déficit, por motivo de seca, apesar de as monções em grande parte da Ásia terem sido boas.