Açúcar derrete e prêmio do etanol não dispara acima dos 30% por causa do câmbio
O derretimento do açúcar nos futuros de Nova York fez o prêmio do etanol disparar sobre os negócios de ontem entre usinas e distribuidoras. Só não disparou mais nesta quarta (7) por conta do dólar raspando os R$ 4,00.
A avaliação é de que a paridade-preço a favor do biocombustível contra a commodity saiu dos 24% da terça e passou dos 28%.
O potencial para arbitragem passar dos 30%, de acordo com Maurício Muruci, da Safras & Mercado, haveria com um câmbio entre os R$ 3,73/3,75.
Com o valor do contrato de outubro na ICE Futures fechando hoje em 11.34 cents de dólar por libra-peso (recuo de 39 pontos) – contra o 11.73 c/lp da véspera – já bem abaixo do custo de produção no Brasil, as usinas pararam de vez de fixar preços, em um dos níveis mais baixos em muito tempo. O petróleo em forte recuo ajudou a derrubar o açúcar, que já não tem fundamentos próprios de sustentação praticamente desde que a safra começou no Centro-Sul, em abril.
As indicações de preços na região de Ribeirão Preto, segundo alguns levantamentos da Safras atingiu os R$ 2,14 por litro na usina, entre igual e pouco acima do verificado ao fim dos negócios da terça.