Açúcar: depois de inverter a tabela, NY segue em pressão mesmo com ‘fake news’ altista da Índia
O petróleo saiu das baixas e o açúcar saiu das altas da manhã.
O mercado está, mesmo, duvidando da realidade das informações da Índia sobre seu setor sucroenergético, daí que o preço do barril não traz junto a commodity agrícola.
Depois de o governo distribuir nota avisando quebra da safra pelo excesso de chuvas, reduzindo a produção de açúcar (4% a menos, para 32,3 milhões/toneladas), agora chegam dados que haverá limite para exportações fora da cota permitida.
Ontem caiu 1,5%, quando chegou nos 20 centavos de dólar por libra-peso. Nesta quinta (19), já entrega mais de 0,40%, a 19,73 c/lp, às 14h10 (Brasília). Os investidores especulam a onda de um dia, como na terça, apenas para realizar lucros depois.
Maurício Muruci, da Safras & Mercado, é um dos analistas que sempre aponta o jeito dos indianos de testarem ‘fake news’ de oferta menor para atrair compradores a Nova York.
Num ponto onda a safra brasileira caminha para entrar 23/24 com boas perspectivas de volume, para algo em torno de 570 milhões de toneladas, o resto que falta para a Índia concluir sua temporada busca novos suportes.
A alta do dólar no Brasil, a qual se atribui parte dos recuos, uma vez que favorece a fixação dos exportadores, não chega a reproduzir nenhum efeito prático.
Por hora, além da safra de cana no Brasil, o mercado ainda está embaralhado com a situação do etanol.
Se de fato voltar a cobrança de impostos sobre os combustíveis, a competividade da gasolina cai, e o etanol ganha.
O contrário, mais açúcar será produzido.
Pelos lados da demanda global, a China, maior aspirador de açúcar mundial, segue sem emprestas clareza quanto à manutenção de fato da reabertura da economia, mesmo com os surtos de covid em alta.
Pequim deverá dar sinais mais firmes após a volta do longo feriadão de Ano Novo Lunar.