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Açúcar cristal avança 3% na margem em novembro, dobrando sobre outubro

15 dez 2022, 10:10 - atualizado em 15 dez 2022, 10:10
Açúcar cristal
Apesar dos avanços moderados no curto prazo, comparativo anual mostra forte defasagem no açúcar cristal. Leia a coluna do Mauricio Muruci. (Imagem: Pixabay)

O mês de novembro foi finalizado com novas acelerações sobre os ganhos na margem para as médias de negociação do açúcar cristal com até 150 Icumsa no mercado físico do interior de São Paulo, na região de Ribeirão Preto.

Os ganhos na margem refletem a variação dos preços correntes frente ao mês imediatamente anterior. Quebra na safra passada reforça carregamento estatístico negativo sobre os preços de 2022.

Estes, mostram que em outubro o avanço de curto prazo fora de 1,46% que agora deu lugar a ganhos ainda mais intensos, de 3,04% visto em novembro, com a média atual de preços em R$ 129,69 a saca de 50 kg.

Este crescimento nos preços ocorre em função da entressafra que se aproxima junto a sazonal redução na disponibilidade de oferta para o período.

Além disso temos reflexos da demanda extra de final de ano por parte de indústrias processadoras de alimentos que se preparam para o aumento de consumo frente as festividades de Natal, ano novo e carnaval.

Logo, isto explica os ganhos de curto prazo vistos em outubro e novembro, os quais devem se sustentar também em dezembro.

Expectativa de preços

A Safras & Mercado tinha uma expectativa de preços médios para novembro em R$ 127,00 a saca de 50 kg para cristal com até 150 Icumsa.

Porém, os dados efetivos do mês em R$ 129,69 vieram 2,12% acima da expectativa da Safras & Mercado.

Para dezembro a nossa expectativa é de preços médios de R$ 131 a saca de 50 kg para este mesmo açúcar, que deve representar uma alta na margem de 1,01% e queda anual de 26%.

É interessante observar que entre setembro e novembro deste ano os preços de 2022 têm se mostrado com quedas abaixo de 20% sobre os preços praticados no mesmo momento do ano passado.

Próxima temporada

Os dados de novembro agora mostram até mesmo uma intensificação desta tendência com queda de 26,65%.

Isto ocorre em função do carregamento estatístico dos preços do ano anterior que se viam pressionados em função da quebra de safra até então vista quando a produção de cana fora de 524 milhões de toneladas.

Mesmo com a correção monetária sobre as médias do ano anterior, trazidas para valor presente através do ajuste inflacionário, caso contrário, as quedas no comparativo anual de 2022 seriam até maiores.

Apesar disto a próxima temporada deve ser um período de elevação na disponibilidade de oferta de açúcar, o que deve achatar a curva de preços futuros, reduzindo o padrão de ápice de entressafra ao menos entre 10% a 15% nas projeções.

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