Açúcar cai para mínima de 2 meses na ICE e café também recua
Os contratos futuros de açúcar na ICE fecharam em forte baixa nesta terça-feira depois que a farmacêutica Moderna lançou dúvidas sobre a eficácia das vacinas da Covid-19 contra a nova variante do coronavírus ômicron, assustando os investidores nas commodities softs e outros.
Açúcar
O açúcar bruto para março fechou em queda de 3,2% a 18,60 centavos de dólar por libra-peso, a mínima em dois meses.
Operadores disseram que o açúcar está envolvido com o sentimento macroeconômico no momento e deve cair ainda mais, após quebrar uma linha de tendência de alta de 18 meses.
Eles afirmaram que os fracos sinais técnicos, após as perdas desde sexta-feira com a nova variante do Covid, conduziram a novas vendas pelos fundos.
Olhando para o futuro, Rabobank espera que o açúcar bruto atinja uma média de 20,80 centavos de dólar no terceiro trimestre do próximo ano, já que o mercado de açúcar registra um déficit de 2,3 milhões de toneladas no final da temporada 2021/22 (outubro-setembro), após um déficit de 1,2 milhão de toneladas em 2020/21.
O açúcar branco para março caiu 2,4% para 485,60 dólares a tonelada, uma mínima de dois meses e meio.
Café
O café arábica para março caiu 0,3% para 2,3230 dólares por libra-peso. O mercado subiu para máxima de dez anos de 2,4820 dólares na semana passada.
Operadores esperam que os preços diminuam durante a semana em meio a preocupações com a variante ômicron.
Rabobank espera que o arábica tenha uma média de apenas 1,66 dólar no quarto trimestre de 2022, à medida que o mercado se movimenta para superávit em 2022/23, com a produção fraca no Brasil sendo compensada pelo aumento da produção em outros lugares, à medida que os produtores ao redor do mundo capitalizam os preços altos.
O café robusta para janeiro obteve pouca mudança a 2.260 dólares a tonelada.