Açúcar bruto toca mínima de 1 mês e meio na ICE; café também recua
Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE atingiram nesta sexta-feira o menor nível desde o final de janeiro, em meio a um amplo sentimento de aversão ao risco nos mercados financeiros e à cautela de fundos por preocupações de que a pandemia de Covid-19 esteja fora de controle.
Açúcar
O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,13 centavo de dólar, ou 0,8%, a 15,76 centavos de dólar por libra-peso, após tocar o menor patamar desde o final de janeiro, a 15,55 centavos, no início da sessão.
Operadores disseram que o aumento no número de casos de coronavírus na Europa fez com que os fundos parassem para pensar, podendo reavaliar sua exposição às commodities no curto prazo.
O Rabobank projetou um déficit de 2,8 milhões de toneladas para o atual ano-safra (outubro a setembro) e um modesto superávit para 2021/22.
“O Rabobank vê um suporte contínuo para os preços do açúcar, com expectativas de que o ICE #11 tenha média de 15,00 centavos a 15,50 centavos por libra-peso ao longo de 2021”, disse o banco.
Em um movimento potencialmente baixista para o açúcar –caso ganhe popularidade–, o chocolate adoçado com a polpa do cacau, sem adição de açúcar, está prestes à chegar aos supermercados, com a Nestlé se preparando para lançar a barra “Incoa”.
O açúcar branco para maio recuou 2,60 dólares, ou 0,6%, para 453,40 dólares a tonelada.
Café
O contrato maio do café arábica fechou em queda de 0,95 centavo de dólar, ou 0,7%, a 1,29 dólar por libra-peso, depois de ceder 2,7% na quinta-feira.
“Os futuros recuaram em meio ao que pareciam ser vendas por fundos e outros especuladores, baseadas na valorização do dólar”, disse um corretor nos Estados Unidos.
A Emater de Minas Gerais, principal Estado produtor de café do Brasil, disse que a safra local de arábica deve ter redução de mais de 10 milhões de sacas em 2021, para 17,9 milhões de sacas –estimativa inferior à do governo.
O café robusta para maio recuou 0,5%, para 1.379 dólares a tonelada.