Açúcar bruto toca máxima de 2 semanas na ICE; café arábica também avança
Os contratos futuros de açúcar bruto na ICE atingiram uma máxima de duas semanas nesta quarta-feira em meio a preocupações com a colheita na Tailândia e na China, e com os preços da energia permanecendo elevados devido à crise Rússia–Ucrânia.
Açúcar
O açúcar bruto para março fechou em alta de 0,05 centavo de dólar (USDBLR), ou 0,3%, a 18,53 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido seu maior patamar desde 9 de fevereiro a 18,60.
Os preços do petróleo permaneceram perto das máximas de sete anos na quarta-feira, diante de preocupações de que as sanções ocidentais à Rússia por enviar tropas para o leste da Ucrânia possam afetar o fornecimento de energia.
O aumento dos preços da energia pode levar as usinas de cana-de-açúcar do maior produtor de açúcar, o Brasil, a desviar a produção do açúcar para o etanol, um biocombustível à base de cana.
Operadores disseram que o açúcar também está ganhando apoio devido a uma recente enchente que pode atrapalhar ainda mais a colheita chinesa de açúcar e da desaceleração na colheita tailandesa.
O açúcar branco para maio avançou 1,40 dólar, ou 0,3%, a 495,70 dólares a tonelada.
Café
O café arábica para maio subiu 0,3 centavo de dólar, ou 0,1%, a 2,4755 dólares por libra-peso.
Operadores disseram que o mercado está travado em uma faixa apertada desde que atingiu um pico de 10 anos no dia 10 de fevereiro, com os players olhando cuidadosamente para fatores macroeconômicos além dos fundamentos do café, que permanecem positivos.
Os estoques certificados de arábica da ICE caíram para 999.019 sacas na terça-feira, a primeira vez em pelo menos 22 anos que os níveis de estoque da bolsa caíram abaixo da marca de 1 milhão de sacas.
O café robusta para maio caiu 26 dólares, ou 1,2%, a 2.234 dólares a tonelada.