Açúcar bruto sobe por preocupação com oferta e café arábica volta a superar US$1,30
Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram nesta terça-feira (13), recuperando-se das perdas da véspera em meio a preocupações com a oferta e dados comerciais positivos da China, que deram gás ao entusiasmo nos mercados financeiros.
Açúcar
* O contrato maior do açúcar bruto fechou em alta de 0,08 centavo de dólar, ou 0,5%, a 15,43 centavos de dólar por libra-peso.
*Operadores disseram que o açúcar tem se consolidado ao redor dos 15 centavos, com altas limitadas por sinais de fraca demanda no curto prazo. Ainda assim, preocupações com as safras do Brasil e da França mantêm um bom suporte para o adoçante, acrescentaram.
*Usinas do centro-sul do Brasil produziram 23% menos açúcar na segunda quinzena de março, em comparação com mesmo momento do ano passado, já que as operações da nova safra tiveram um início lento.
*O Ministério da Agricultura da França estimou nesta terça-feira (13) uma queda de 6% no plantio de beterraba sacarina do país frente ao ano passado. A previsão, porém, leva em conta dados coletados até 1º de abril, antes de uma frente fria que, segundo o ministério, pode causar graves consequências à beterraba.
*O açúcar branco para maio, que expira na quinta-feira, avançou 3,70 dólares, ou 0,9%, para 424,20 dólares por tonelada, após ter atingido uma mínima de três meses na segunda-feira.
Café
*O contrato maio do café arábica fechou em alta de 1,95 centavo de dólar, ou 1,5%, a 1,3005 dólar por libra-peso, tendo registrado a mais alta cotação desde meados de março.
*A Fitch Solution espera que o consumo de café cresça em média 1,7% ao ano entre 2021 e 2025, ritmo mais lento do que o verificado entre 2015 e 2019, de 3%.
*O Brasil exportou 3,06 milhões de sacas de 60 kg de café verde em março, queda de 2,7% na comparação anual, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
*A trading Comexim disse que a alta recente nos preços do café arábica não teve grande impacto no mercado físico do Brasil, onde as negociações seguem lentas.
*O café robusta para maio avançou 1 dólar, ou 0,1%, para 1.344 dólares por tonelada.