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Açúcar bruto recua após máxima de 4 anos; café arábica avança

11 ago 2021, 17:44 - atualizado em 11 ago 2021, 17:44
Açúcar
O açúcar branco para outubro avançou 3 dólares (Imagem: REUTERS/Juan Carlos Ulate)

Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE fecharam em queda nesta quarta-feira, recuando em relação à máxima de quatro anos da sessão anterior, com o mercado focado nas condições de safra no Brasil.

O café arábica reverteu uma queda anterior para subir 1%, auxiliado pelas projeções de perdas para a produção da próxima temporada.

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Açúcar

O açúcar bruto para outubro fechou em queda de 0,12 centavo de dólar, ou 0,6%, em 19,47 centavos de dólar por libra-peso, após avançar para 19,75 centavos de dólar na terça-feira, a máxima desde março de 2017.

Os operadores disseram que a recente aceleração do mercado foi impulsionada pela diminuição das perspectivas de produção no Brasil, com as preocupações aumentadas pelos dados divulgados na terça-feira pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).

“O relatório da Unica parecia estar alinhado com a maioria das ideias, mas a reação parecia descomunal”, disse um corretor dos Estados Unidos.

O relatório confirmou o dano nas safras causado pelas fortes geadas em junho e julho, significando que a temporada de açúcar no Brasil pode acabar antes do que o normal.

“Se realmente fosse esse o caso, a oferta global de açúcar ficaria visivelmente apertada, já que o Brasil é responsável por cerca de 40% das exportações mundiais de açúcar. As estimativas de déficit para o mercado global de açúcar em 2021/22 teriam então que ser revisadas consideravelmente para cima”, disse o Commerzbank em nota.

O açúcar branco para outubro avançou 3 dólares, ou 0,6%, a 471,20 dólares a tonelada.

Café

O café arábica para setembro reverteu a queda para fechar em alta de 1,85 centavo de dólar, ou 1%, a 1,8385 dólar por libra-peso.

Os operadores afirmaram que o relatório desta quarta-feira da trader Comexim, que aumentou as perdas esperadas para a safra do próximo ano no Brasil devido às geadas, ajudou a fazer com que os preços passassem a subir.

A Organização Internacional de Café (OIC) disse em relatório mensal que o preço médio do café em julho foi p maior desde novembro de 2014, “à medida que aumentavam as preocupações com a disponibilidade atual e futura de muitas origens, especialmente do maior produtor mundial, o Brasil”.

“O desempenho dos preços também foi impulsionado por perspectivas mais promissoras para demanda, com as medidas de restrição relacionadas à pandemia sendo removidas nos principais mercados consumidores e o desenvolvimento de programas de vacinação permitindo um retorno progressivo à atividade econômica normal”, acrescentou a ICO.

O café robusta para novembro avançou 1 dólar, ou 0,1%, a 1.864 dólares a tonelada.

reuters@moneytimes.com.br