Açúcar bruto cai abaixo de 16 centavos na ICE; café se recupera
Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE recuaram 1,8% nesta terça-feira, rompendo o nível de suporte de 16 centavos, em meio à fraqueza do real no Brasil e notícias de queda de consumo e importações nos Estados Unidos.
Os futuros do café se recuperaram de perdas iniciais, com o robusta negociado em Londres avançando quase 3%.
Açúcar
O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 1,8%, a 15,90 centavos de dólar por libra-peso, após recuar 1,2% na segunda-feira.
O açúcar segue pressionado pela desvalorização do real, o que tende a desencadear vendas pelos exportadores no Brasil, já que eleva os retornos nos termos de moeda local.
A moeda brasileira se estabilizou nesta quarta-feira, após atingir o menor nível frente ao dólar desde maio de 2020, com os mercados reagindo negativamente ao noticiário político.
O governo dos EUA reduziu nesta terça-feira suas projeções para consumo e importações de açúcar pelo país na temporada 2020/21.
Operadores disseram que o açúcar segue operando em intervalos limitados e não deve entrar em colapso por causa da fraqueza do real, já que as preocupações com a oferta apertada no curto prazo persistem.
O açúcar branco para maio recuou 1,5%, a 452,70 dólares a tonelada.
Café
O contrato maio do café arábica fechou em alta de 1%, a 1,3040 dólar por libra-peso, depois de igualar a mínima de duas semanas registrada na segunda-feira, a 1,2800 dólar.
A empresa de café JDE Peets reportou uma queda de 4,2% em suas vendas anuais, com a redução nas vendas em cafeterias por causa da pandemia ofuscando um “boom” nos produtos para consumo doméstico.
O CEO da companhia, Fabien Simon, disse que provavelmente serão necessários de 18 meses a 24 meses para que o mercado de “fora de casa” retorne aos níveis pré-pandemia.
As exportações de café verde do Brasil avançaram 11% em fevereiro.
O analista técnico da Reuters, Wang Tao, disse que o arábica pode testar uma resistência a 1,3250 dólar por libra-peso, e que o rompimento dessa marca poderia ocasionar um avanço a 1,3570 dólar.
O café robusta para maio avançou 39 dólares, ou 2,9%, para 1.400 dólares a tonelada.