Açúcar bruto avança para pico de 4 meses e meio na ICE, café recua
Os contratos futuros de açúcar bruto atingiram uma máxima de quatro meses e meio nesta quinta-feira, impulsionados por ganhos nos mercados de energia e um lento início da safra brasileira.
Açúcar
O açúcar bruto para maio fechou em alta de 0,25 centavo de dólar, ou 1,3%, a 19,84 centavos de dólar por libra-peso, após avançar para máxima de 20,04 centavos de dólar.
Operadores disseram que os ganhos nos preços da energia foram favoráveis, com o atual alto preço do etanol hidratado no Brasil provavelmente levando a um maior uso da cana para produzir o biocombustível, reduzindo a produção de açúcar.
O analista da Datagro, Bruno Wanderley, disse durante uma apresentação do Sugaronline que as produtividades da colheita inicial ficaram 10% abaixo das expectativas das usinas brasileiras, o que levou algumas delas a parar e esperar por mais desenvolvimento da cana.
O açúcar branco para maio subiu 3,10 dólares, ou 0,6%, para 548,70 dólares a tonelada.
Café
O café robusta para julho caiu 24 dólares, ou 1,1%, para 2.066 dólares a tonelada, uma mínima de 3 semanas.
Operadores disseram que o mercado de robusta permanece na defensiva com a oferta atualmente ampla, impulsionada pelas fortes exportações do Vietnã, o maior produtor de robusta, enquanto persistem as preocupações de que o conflito na Ucrânia possa conter a demanda.
A safra brasileira de café em 2022, com colheita perto de começar, foi estimada nesta quinta-feira em 56,1 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 0,9% em relação à projeção do mês anterior e de 14,4% ante 2021, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O café arábica para maio recuou 1,45 centavo de dólar, ou 0,6%, a 2,2615 dólares por libra-peso.