Açúcar branco atinge nível mais baixo em 4 anos na ICE
Os contratos futuros do açúcar branco na ICE atingiram uma mínima de quatro anos nesta sexta-feira (24), com o mercado continuando a absorver dados que mostram melhores perspectivas de oferta, enquanto o cacau e o café arábica também caíram.
O açúcar branco fechou em queda de US$6,50, ou 1,5%, a US$ 431,30 a tonelada métrica, tendo atingido seu menor valor desde julho de 2021 em US$430.
O açúcar bruto caiu 2,1% para 14,97 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido uma mínima de quatro meses de 14,93. O mercado perdeu 3,4% na semana.
A corretora ADM Investor Services disse que a publicação desta semana da consultoria Datagro, prevendo um superávit global de açúcar de 1,98 milhão de toneladas em 2025/26, em comparação com um déficit de 5 milhões de toneladas na safra anterior, continuou a pesar.
Também observou o recente relatório da associação industrial Unica, que mostra que a produção acumulada de açúcar no Brasil até 1º de outubro para o ano comercial de 2025/26 aumentou 0,8%, o que chamou de “melhora dramática”, depois de ter caído 12% no início de agosto.
Em notícias, a Indonésia planeja impor um nível de conteúdo obrigatório de etanol de 10% para a gasolina em 2027.
Café
O café arábica fechou em queda de 7,15 centavos, ou 1,7%, a US$4,03 por libra-peso, depois de subir até US$4,3795 na quinta-feira, não muito distante do recorde de fevereiro.
Os preços do arábica estão sendo impulsionados por uma queda prolongada dos estoques certificados da ICE, em parte devido à desaceleração das exportações brasileiras após a decisão dos EUA de impor uma tarifa de importação de 50% sobre os produtos brasileiros.
O café robusta subiu 0,8%, para US$4.557 a tonelada.
Cacau
O cacau em Londres caiu 42 libras, ou 0,9%, para 4.561 libras por tonelada, depois de registrar uma máxima de três semanas de 4.686 libras na quinta-feira. O contrato, no entanto, registrou um ganho de 10% na semana.
O cacau está sendo impulsionado por um início lento da safra principal na Costa do Marfim, principal produtor, e por preocupações com a baixa qualidade de parte do cacau.
Os investidores estão de olho nas eleições presidenciais deste fim de semana na Costa do Marfim. Uma pessoa foi morta em um protesto em 14 de outubro.
O cacau em Nova York caiu 0,3%, para US$6.319 a tonelada, ganhando 7% na semana.