Açúcar anda de lado por oferta brasileira entrando, disputa com soja nos portos e fim de safra na Índia
Não há novidades para a fazer o açúcar deixar de andar de lado nos próximos dias.
Mas também não terá suporte para as cotações voltarem aos 17 centavos de dólar por libra-peso no mercado de derivativos de Nova York, tampouco ficar abaixo dos 16 c/lp.
Nesta segunda (15), o contrato para entrega em maio fechou fixado em 16.12 c/lp, estável em relação à sexta.
As condições de lateralização dos preços – entre os 16 e 16.50 cl/p -, estão impostas pela entrada da safra 21/22 no Brasil, na qual Maurício Muruci, da Safras & Mercados, registra a moagem esperada de 3 a 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar este mês.
“Sim, antecipação [de safra]; já em fevereiro as usinas moeram 1 milhão/t”, diz o analista, em alusão às operações nas unidades do Centro-Sul.
Enquanto, por outro lado, a safra indiana caminha para o final.
Também o fator que segura mais a pressão sobre o açúcar é que pode haver atrasos nos portos, com os cais de atracação sendo ocupados por graneleiros de soja, em safra de colheita atrasada por chuvas.
Com a situação normalizada mais a frente e oferta do Brasil mais fluída, em safra entrando no auge, a pressão deverá ser maior nos contratos.
O julho também ficou estabilizado neste primeiro dia útil da semana, porém em 15.73 c/lp.