Acordo preliminar entre China e EUA traz alívio para o mercado; o que esperar do Ibovespa nesta quarta (11)

Projeto precisa ser aprovado pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

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Para o alívio do mercado, os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo preliminar em relação ao impasse sobre o envio de terras raras e ímãs chineses para empresas norte-americanas.

A informação foi confirmada pelos negociadores dos dois países; o projeto, agora, precisa ser aprovado pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que ambos os lados estabeleceram uma estrutura para implementar a redução de tarifas estabelecida em Genebra. Com isso, os chineses prometeram acelerar os embarques de terras raras — metais essenciais para empresas automotivas e de defesa dos EUA — enquanto Washington reduziria alguns de seus próprios controles de exportação.

No entanto, as discussões avançaram pouco em questões como o superávit comercial da China com os EUA e não existe previsão de novas reuniões. Um possível rompimento entre as duas maiores economias do mundo ainda preocupa o mercado.

Além das relações internacionais, os investidores também estão de olho nos indicadores. No caso, o destaque é o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio nos EUA.

Segundo as estimativas do Investing.com, no mês, a alta da inflação deve desacelerar de 0,3% para 0,2%; já no acumulado anual, a queda é de 2,4% para 2,3%. No núcleo, que exclui os preços voláteis de energia e alimentos, a inflação mensal deve ser de 0,2% e anual de 2,8%.

Embora este não seja o indicador inflacionário preferido do Federal Reserve, os números ajudam os economistas a calibrarem as suas apostas sobre a trajetória dos preços e os próximos passos do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

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Para a reunião da semana que vem (e também a do próximo mês), as expectativas são de uma manutenção na taxa de juros, segundo o monitor CME FedWatch. A autoridade monetária só deve dar início ao seu afrouxamento em setembro, apesar da pressão vinda da Casa Branca.

As bolsas asiáticas fecharam em alta com a notícia de um acordo entre China e EUA. O mercado europeu também está no positivo, enquanto os futuros de Wall Street vão na contramão nesta manhã.

Petróleo

O petróleo sobe forte nesta quarta-feira (11), após a queda na véspera. Ontem, a commodity perdeu força após as estimativas da EIA de queda na produção doméstica de petróleo bruto nos EUA, em 2026, pela primeira vez desde 2021.

Criptomoedas

As criptomoedas estão mistas nesta manhã. O bitcoin (BTC) opera nos US$ 109 mil, apresentando uma queda de 0,2%. Já o ethereum (ETH) sobe 2,7%, sendo negociado acima dos US$ 2.700.

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O que esperar do Ibovespa

Por aqui, o dia é de agenda esvaziada do lado dos indicadores. Já do lado de Brasília, a relação entre o Governo Federal e o Congresso segue estremecida, com a equipe econômica tentando aprovar as medidas compensatórias e revisão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ontem, o ministro Fernando Haddad esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva duas vezes para apresentar as propostas da Fazenda e o que foi discutido com os parlamentares.

Por falar em Haddad, hoje, ele participa de uma audiência nas Comissões de Finanças e Tributação, Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados, onde deve defender as medidas alternativas apresentadas no último domingo (8).

A atenção também está voltada para Gabriel Galípolo. O presidente do Banco Central participa de um evento, mas vai evitar falar sobre política monetária — os diretores do BC estão em período de silêncio devido à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a semana que vem.

Ainda assim, cada palavra de Galípolo deve ser analisada com lupa, com o mercado buscando qualquer pista sobre a Selic. Ontem, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) surpreendeu e subiu 0,26% em maio — uma desaceleração em relação à alta de 0,43% apurada em abril.

O indicador veio abaixo das projeções do mercado, que apontavam para um avanço de 0,34%, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Money Times, e colocou em xeque as últimas falas cautelosas de Galípolo.

Ibovespa

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) fechou aos 136.436,07 pontos, com alta de 0,54%, e interrompeu a sequência de quatro dias de perdas. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5704, com avanço de 0,14% ante o real.

O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, subiu 0,97% no after-market de ontem, cotado a US$ 27,99.

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Agenda: Veja a programação para hoje

Indicadores econômicos

• 09h – Brasil – Pesquisa Industrial Mensal Regional de abril
• 09h30 – EUA – CPI
• 11h30 – EUA – Estoques de petróleo da semana
• 14h30 – Brasil – Fluxo cambial semanal
• 17h – Brasil – Estudo sobre impactos da reforma do Imposto de Renda

Agenda – Lula

• A agenda do presidente não foi divulgada

Agenda – Fernando Haddad

• 10h – Reunião Conjunta Comissões de Finanças e Tributação, Fiscalização Financeira e Controle

Agenda – Gabriel Galípolo

• 08h30 – ​Palestra na abertura do 3º Simpósio Liberdade Econômica – Desafios atuais sob a perspectiva regulatória, promovido pela Vector Relações Governamentais e Institucionais, em Brasília
• 09h30 – ​Audiência com representantes da Unionpay
• 11h – ​Reunião com Esther Dweck, Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Norberto Martins, Assessor Especial, e Adauto Modesto, Secretário-Executivo
• 13h30 – ​Reunião com Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura e Pecuária, Guilherme Campos, Secretário de Política Agrícola, e Wilson Vaz, Secretário Adjunto de Política Agrícola

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (11)

Bolsas asiáticas

• Tóquio/Nikkei: +0,49%
• Hong Kong/Hang Seng: +0,84%
• China/Xangai: +0,52%

Bolsas europeias (mercado aberto)

• Londres/FTSE100: +0,05%
• Frankfurt/DAX: +0,04%
• Paris/CAC 40: +0,23%

Wall Street (mercado futuro)

• Nasdaq: -0,15%
• S&P 500: -0,17%
• Dow Jones: -0,19%

Commodities

• Petróleo/Brent: +1,27%, a US$ 67,72 o barril
• Petróleo/WTI: +1,51%, a US$ 65,96 o barril
• Minério de ferro: +1%, a US$ 98,40 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

• Bitcoin (BTC): -0,2%, a US$ 109.292
• Ethereum (ETH): +2,7%, a US$ 2.765,05

Boa quarta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!