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Acordo Mercosul-UE pode representar US$ 7 bi para o Brasil no curto prazo

06 dez 2024, 11:38 - atualizado em 06 dez 2024, 11:38
mercosul união europeia (1)
(Imagem: iStock.com/Shutter2U)

O Acordo MercosulUnião Europeia, que começou a ser discutido em 1999, foi assinado nesta sexta-feira (6). A medida, muito protestada pela Europa, elimina as tarifas de acesso aos mercados europeus para 97% dos bens industriais e para 77% dos bens agrícolas do Mercosul, em 10 anos.

Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as oportunidades de desgravação de curto prazo para o Brasil abrangem 242 linhas tarifárias da União Europeia e cerca de US$ 109,8 bilhões das importações anuais do bloco.

“O acordo entre o Mercosul e a União Europeia envolve 25% da economia global e 780 milhões de pessoas. Graças a esse esforço, o Brasil poderá aproveitar as mais de 1800 oportunidades de curto prazo para o bloco que a ApexBrasil mapeou, com destaque para uma ampla gama de produtos, como café, milho, suco de laranja, mel natural, aviões, calçados, móveis de madeira, entre muitos outros”, afirmou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.

Com uma corrente de comércio de mais de R$ 90 bilhões em 2023, a União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil. A pauta exportadora brasileira, no entanto, está concentrada em commodities, como petróleo, café e soja. O acordo é uma oportunidade para diversificação e agregação de valor aos produtos exportados.

Acordo Mercosul-UE representa retomada das exportações do Brasil

Segundo a Agência, com a liberalização do comércio entre Mercosul e União Europeia, os mercados europeus podem recuperar sua importância na pauta exportadora brasileira.

Entre 2003 e 2023, a participação da União Europeia nas exportações do país caíram de 23% para 13,6%, o que se explica pelo aumento do comércio com o Leste Asiático, destacadamente com a China, principal parceiro comercial no país. O acordo pode ser estratégico para uma retomada da importância desse comércio bilateral.

“Estimamos um aumento de mais US$ 7 bilhões em exportações do Brasil para o bloco europeu no curto prazo. Os 242 produtos que serão desagravados imediatamente ou em 4 anos representam hoje US$ 3,5 bilhões e 3,2% das importações europeias selecionadas. Se alcançarmos 10% de participação, o que é viável dada a desgravação, estamos falando em US$ 7 bilhões em curtíssimo prazo”, comentou o gerente de inteligência de mercado da ApexBrasil, Igor Celeste.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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