BusinessTimes

Acordo entre Embraer e Boeing atrapalha proposta de extinguir golden share

12 jan 2018, 9:17 - atualizado em 12 jan 2018, 9:17

Investing.com – As negociações para um acordo entre a Embraer (SA:EMBR3) e a Boeing, que continuam a todo vapor nos bastidores, podem colocar em risco a possibilidade da extinção das ações de classe especial detidas pelo poder público após as privatizações, também conhecidas como golden shares. As informações são da Coluna do Broad, publicada no site do Estadão nesta sexta-feira (12).

De acordo com a publicação, estaria marcado um julgamento sobre o tema no Tribunal de Contas da União (TCU) para o próximo dia 24. Inicialmente, imaginava-se que a decisão da corte seria favorável à extinção, mas o caso da Embraer teria alterado o posicionamento do relator do caso, José Múcio Monteiro Filho.

Ainda segundo a coluna, durante a consulta sobre o tema, o Ministério da Fazenda já tinha sugerido a manutenção apenas dos pontos que tratam sobre segurança nacional. Outro fator também joga contra a falta de coesão, que é o caso da privatização da Eletrobrás, com a intenção do governo quer criar uma golden share para ter poder de veto em alguns temas relacionados à companhia.

Durante a semana, Embraer confirmou que contratou os bancos de investimentos Citi e Goldman Sachs para prestar assessoria nas conversas com a Boeing, deixando assim de lado instituições locais.

As duas fabricantes de aeronaves estão em discussão de uma eventual parceria, com a notícia tendo sido divulgada no último dia 21. No entanto, o modelo de negócio ainda não foi revelado. O principal ponto ainda é a questão da segurança nacional, com o governo federal não abrindo mão da divisão de Defesa. Por ter poder de veto em uma eventual venda, ou fusão, é necessário convencer o governo da viabilidade do negócio.

Por Investing.com

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.