Aconteceu de novo: Buser realiza demissões em massa e aponta “perseguição” de órgãos reguladores; ex-funcionários vão ao LinkedIn
A Buser anunciou que demitiu 30% dos funcionários na quinta-feira (8) num movimento de reorganização e em prol de um crescimento sólido e seguro, segundo a empresa.
A startup de turismo rodoviário não disse a quantidade de profissionais atingidos com o lay-off (demissão em massa). Contudo, assim como no caso da XP, os ex-funcionários recorreram ao LinkedIn para falar sobre os seus desligamentos.
Um ex-colaborador que ocupava o cargo de tech manager (gerente de tecnologia) puxou uma lista não oficial dos profissionais desligados, compartilhando os cargos e os contatos de cada pessoa impactada pelos cortes. Até agora, a planilha de excel conta com uma centena de nomes.
Em nota a imprensa, a Buser não atribui as demissões apenas ao mau momento para as startups de tecnologia, como também culpa a demora dos avanços regulatórios que, segundo a companhia, estaria freando o seu modelo de negócios.
“A jurisprudência em construção nos tribunais, como em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, é favorável ao modelo da Buser, mas os órgãos reguladores descumprem decisões judiciais e praticam blitze seletivas nas viagens da startup, gerando custos adicionais para prejudicar o fretamento colaborativo e beneficiar as grandes viações – que vêm perdendo mercado para os novos entrantes”.
Marcelo Abritta, fundador e CEO da Buser aponta que a empresa está sofrendo “perseguição” dos órgãos reguladores e diz esperar que a regulação tenha avanços no próximo governo, do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “para que possamos voltar a gerar empregos de alto valor agregado”.