Coluna do Einar Rivero

Ações renda fixa? Os papéis menos voláteis do Ibovespa

17 set 2024, 16:51 - atualizado em 17 set 2024, 16:51
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(Imagem: iStock/cokada)

Investir em ações de baixa volatilidade é uma estratégia frequentemente utilizada por investidores que buscam minimizar riscos em seus portfólios.

Ao reduzir a exposição a flutuações bruscas, esses ativos podem proporcionar maior estabilidade, especialmente em períodos de incerteza econômica.

A Elos Ayta, atenta a esse movimento, preparou uma lista das 10 ações do Ibovespa com menor volatilidade nos últimos 12 meses, destacando também o retorno e o dividend yield de cada uma.

Entre os destaques da tabela de 16 de setembro de 2024, a Taesa (TAEE11) lidera como a ação com menor volatilidade (12,76%), ligeiramente abaixo do próprio Ibovespa (12,78%).

Na outra ponta, a Klabin (KLBN11) figura como a mais volátil entre as 10, com 19,95%. Para efeito de comparação, a mediana de volatilidade das 86 ações que compõem o índice é de 28,12%, mostrando que estas ações estão consideravelmente abaixo da mediana.

Contudo, nem todas as ações menos voláteis entregam um desempenho superior ao do Ibovespa.

O índice teve um retorno de 13,78% nos últimos 12 meses, enquanto apenas quatro das 10 ações menos voláteis superaram esse patamar.

Itaú Unibanco (ITUB4) lidera o grupo com um retorno expressivo de 44,10%, seguido por Itaúsa (ITSA4), com 36,60%, Banco do Brasil (BBAS3), com 31,58%, e BB Seguridade (BBSE3), com 24,04%.

Curiosamente, todas as ações que superaram o retorno do Ibovespa pertencem ao setor financeiro, sugerindo uma performance robusta das instituições bancárias e seguradoras no período.

Por outro lado, Auren (AURE3), do setor de energia elétrica, foi a que apresentou o pior desempenho, com queda de 9,61%. Esse dado ressalta que nem sempre menor volatilidade está associada a retornos positivos, o que representa uma consideração importante para os investidores.

A importância dos dividendos

Um aspecto que não pode ser ignorado ao analisar essas ações é o dividend yield. A análise mostra que todas as 10 ações listadas superam a mediana de dividend yield  do Ibovespa, que está em 3,41%.

Auren, apesar de ter o pior desempenho em termos de valorização, se destaca como a maior pagadora de dividendos, com um dividend yield de 13,48%.

Banco do Brasil, com 10,59%, e Taesa, com 9,79%, completam o pódio das maiores distribuidoras de dividendos.

Vantagens e desvantagens das ações de baixa volatilidade

Investir em ações de baixa volatilidade tem suas vantagens. Elas costumam oferecer maior previsibilidade e podem ser uma boa escolha para investidores mais conservadores, que buscam segurança em suas aplicações.

Além disso, a combinação de menor volatilidade com dividendos elevados pode gerar um fluxo constante de receita passiva, algo atrativo em cenários de juros elevados, como o atual.

No entanto, há contrapartidas. A menor volatilidade, em alguns casos, também significa menor potencial de valorização, o que pode limitar os ganhos de capital.

Além disso, como visto na tabela, nem sempre essas ações entregam um desempenho superior ao do índice, especialmente em setores mais impactados por fatores macroeconômicos, como o de energia.

Conclusão

O estudo das ações menos voláteis do Ibovespa em setembro de 2024 nos dá uma visão clara de que a estabilidade pode ser um bom caminho para investidores conservadores, mas não é garantia de melhores retornos.

A análise de dividendos mostra que há oportunidades interessantes, mas, como em qualquer aplicação, é fundamental diversificar e estar atento ao cenário econômico.

O investidor deve equilibrar suas escolhas entre segurança e potencial de crescimento, buscando sempre alinhar suas expectativas ao perfil de risco.

É recomendável elaborar análises mais detalhadas das empresas para tomar alguma decisão de investimento, principalmente analises fundamentalistas e de tendência de pagamento de dividendos, já que podemos ter ações que pagam dividendos extraordinários que não irão se repetir no futuro.

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Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
einar.rivero@autor.moneytimes.com.br
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Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
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