Ações europeias têm forte queda por aumento de preocupações com Ômicron
As ações europeias fecharam em baixa nesta segunda-feira e registraram sua pior sessão em três semanas em meio a uma liquidação global nas bolsas, com investidores preocupados com a possibilidade de restrições mais rígidas atingirem a economia global à medida que os casos da variante Ômicron do coronavírus aumentam.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 1,38%, a 467,35 pontos, seu nível mais baixo em duas semanas.
Papéis de empresas petrolíferas, mineradoras e de automóveis lideraram as perdas, com todos os principais subíndices terminando em queda.
“As manchetes sobre doses de reforço funcionando contra a Ômicron têm dado pouco suporte, mas se estivermos caminhando para mais restrições de movimento e enquanto os casos do vírus continuarem a aumentar, veremos os mercados de ações permanecendo sob pressão por um tempo”, disse David Madden, analista da Equiti Capital.
O índice FTSE 100 recuou 1%, em meio a fraqueza nas ações vinculadas a commodities, devido a uma queda de mais de 5% nos preços do petróleo, uma vez que a disseminação da cepa Ômicron pela Europa alimentou preocupações em relação à demanda.
Madden acrescentou que a baixa liquidez nas últimas semanas de dezembro também pode estar levando a movimentos exacerbados.
Na semana passada, o STOXX 600 teve rali depois que o Banco Central Europeu (BCE) prometeu apoio econômico contínuo e o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sinalizou para março o fim há muito esperado de seu estímulo econômico adotado no início da pandemia, compartilhando perspectiva econômica otimista.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,99%, a 7.198,03 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,88%, a 15.239,67 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,82%, a 6.870,10 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,63%, a 26.177,76 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,83%, a 8.242,40 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,00%, a 5.385,60 pontos.