Ações europeias sobem, mas dados de inflação persistente limitam ganhos
As ações europeias subiram nesta quinta-feira, impulsionadas por papeis de produtos básicos de consumo e de energia, mas dados mostraram que a inflação da zona do euro permaneceu alta, o que reforçou os temores de que o Banco Central Europeu (BCE) continuará elevando os juros.
O índice STOXX 600 reverteu as perdas iniciais e fechou em alta de 0,5%.
Já as ações de energia subiram 1,4%, apoiadas por preços firmes do petróleo, em meio a sinais de uma forte recuperação econômica na China, maior importador da commodity.
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As ações de bens de consumo básicos com foco em Londres, como a Diageo e a Unilever, subiram mais de 1% cada, enquanto o índice europeu de alimentos e bebidas avançou 1,8%.
Enquanto isso, a inflação dos preços ao consumidor nos 20 países que utilizam o euro subiu 8,5% em fevereiro, em comparação com um aumento de 8,6% no mês anterior, devido aos preços mais baixos de energia, mas a leitura ainda ficou acima dos 8,2% projetados em uma pesquisa da Reuters com economistas.
No início da semana, dados da Espanha, França e Alemanha indicaram que a inflação permaneceu rígida, alimentando os temores de que o BCE permanecerá agressivo por mais tempo.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a queda de preços não foi estável e que os juros terão que subir mais e permanecer mais altos por algum tempo.
Os mercados europeus encerraram os dois primeiros meses deste ano em alta – a primeira vez em quatro anos – com os bancos subindo 18%, à medida que os credores se beneficiam de uma receita líquida de juros mais alta, uma consequência dos custos elevados de empréstimos.
Ainda assim, o ímpeto do mercado global de ações estagnou nos últimos tempos, à medida que os investidores precificam preços altos e juros mais elevados.