Ações europeias recuam com papéis de saúde em queda por reforma de medicamentos
As ações europeias fecharam em baixa pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira, pressionadas por uma queda nos papéis de saúde depois que Bruxelas publicou um rascunho há muito aguardado de sua proposta de revisão das leis que regem a indústria farmacêutica da União Europeia.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,83%, a 463,21 pontos, com as ações de saúde em baixa de 2,5%, o pior desempenho desde o final de janeiro de 2022.
A proposta, que é a maior revisão das leis médicas existentes em duas décadas, visa garantir que todos os europeus tenham acesso a novos tratamentos inovadores e medicamentos genéricos e acabar com as enormes divergências de acesso e preço entre países.
Ações de algumas das maiores farmacêuticas da Europa, incluindo a Roche, Novo Nordisk, GSK e AstraZeneca, recuaram entre 2,5% e 3,9%.
Os balanços do setor foram mistos, com a Roche relatando uma queda nas vendas do primeiro trimestre, enquanto a GSK superou as expectativas trimestrais dos analistas.
O STOXX 600 ainda registra ganhos mensais de 1,1% à medida que mais balanços são divulgados.
Investidores agora aguardam a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na próxima semana. Uma pesquisa da Reuters com economistas sugeriu que o BCE quase certamente aumentará em 0,25 ponto percentual a sua taxa de depósito em 4 de maio e, em seguida, elevará para 3,50% ou mais em junho.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,49%, a 7.852,64 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,48%, a 15.795,73 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,86%, a 7.466,66 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,54%, a 27.107,51 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,04%, a 9.293,70 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 valorizou-se 0,03%, a 6.192,63 pontos.